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Planejamento, a arma contra os imprevistos

por Ricardo Pereira
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Planejamento e dinheiro no bolso!Um dos grandes inimigos das finanças pessoais é a má utilização de alguns instrumentos financeiros vistos como tábua de salvação por alguns, em determinados momentos do mês. O grande problema é que com tanta utilização de ferramentas como cheque especial e cartão de crédito, o valor de desse (falso) dinheiro passa a compor parte da renda das pessoas.

Crédito não é dinheiro[bb] em caixa, fica fácil concluir. Mas a prática é bem diferente. O que você acharia de ter sua própria linha de crédito com juros mais baixos? Talvez a resposta para a pergunta seja óbvia. Sem dúvidas, ter uma linha de crédito pessoal pode suprir os apertos e servir como boa opção para fugir do pagamento dos enormes juros cobrados pelas instituições financeiras.

Fundo de reserva, uma necessidade
E se, ao invés de pagar juros baixos, você pudesse arcar com as surpresas da vida sem a ajuda dos bancos ou financeiras? A vida é feita de surpresas que, dia após dia, transformam o futuro de muitos por pura falta de conhecimento das possibilidades, é verdade, mas é possível estar preparado. Duvida?

O ato de planejar e idealizar o futuro não é uma ciência exata, mas facilita os atos de perceber e mensurar as chances de algo imprevisto acontecer. Contar com o ovo antes da galinha, com o crédito antes da necessidade de planejamento[bb], passou a ser o mais natural, levando milhares de pessoas para o endividamento desnecessário.

Algumas perguntas devem fazer parte do cotidiano de quem planeja o futuro, encarando a possibilidade de surgirem imprevistos com seriedade:

  • Se você perder seu emprego, por quanto tempo sua família manteria o padrão de vida?
  • Seu plano de saúde cobre todas as suas necessidades? Você seria capaz de mantê-lo, mesmo desempregado?
  • Qual seria sua atitude diante de um dinheiro inesperado? Pagaría dívidas, compraria bens ou investiria no seu futuro?

“Não acredite cegamente nas previsões seguras publicadas por aí. Acredite somente que teremos crises de tempos em tempos e que, se você tiver zero de reservas, a crise o afetará 100%” (Stephen Kanitz)

Reflita sobre as palavras de Kanitz. Acaba que aqueles que tem reserva financeira acabam usando-na para outros fins: educação dos filhos, a formatura, o carro, a própria aposentadoria, por exemplo. Mas, dificilmente, param para observar o quanto as desventuras podem modificar suas vidas.

Ninguém admite a possibilidade de uma emergência. Nós apenas a aceitamos e gostamos de passar a impressão de ter as coisas sob controle, não é assim? O nosso amigo Beto Veiga lembra muito bem que o dinheiro é o principal motivo de discussão entre as famílias, citando uma pesquisa realizada pela Revista Veja.

Na situação de perda do emprego, a recolocação pode levar de seis meses a um ano. Ou mais, é claro. Como se manter nesse período? Quando não temos um bom “pé de meia”, as chances de aceitar um trabalho inadequado são muito grandes. Isso para não dizer das privações familiares. E no caso de necessidade por motivo de saúde? Impossível adiar.

Fazer seu planejamento e investir na estabilidade financeira[bb] lhe garantirá uma vida mais confortável. Além disso, enfrentar com mais serenidade períodos turbulentos e realizar planos/objetivos de longo prazo se tornam tarefas mais interessantes.

Roteiro para gerenciar suas finanças
Cuidar bem de nossas finanças é possível e sei que você sabe disso. Com um pouco de boa vontade e comprometimento é possível manter um planejamento correto, realista e, ainda assim, manter a visão de futuro. Que tal seguir esses 6 passos, para gerenciar suas finanças?

1. Estabeleça seus objetivos. Seja realista, leve em conta seus sonhos, suas necessidades e defina metas de curto prazo (até 1 ano), médio prazo (até 5 anos) e longo prazo (mais de 5 anos)

2. Faça uma análise da sua situação patrimonial atual e de fluxo de caixa. De onde vêm seus ganhos (salário, benefícios, rendimentos etc)? E suas despesas (alimentação, educação, moradia, lazer, juros, seguros, impostos etc)? Quais são seus ativos (aplicações financeiras, bens móveis e imóveis, outros investimentos etc)? E seus passivos (dívidas, obrigações etc)?

3. Defina o horizonte do seu planejamento. Detalhe ao máximo seus próximos dois anos, experimente resumir seus cinco anos seguintes e vislumbre o futuro.

4. Defina seu perfil de investidor. Analise sua tolerância aos riscos visando adequar seus investimentos à sua personalidade.

5. Elabore um plano realista para seus ganhos e despesas futuras, com base na sua situação atual e nos objetivos estabelecidos. Priorize as necessidades, mas sem esquecer os desejos. Também leve em conta a evolução familiar, sua evolução profissional e o cenário econômico.

6. Elabore um plano de investimentos baseado no seu fluxo de caixa, levando em conta os objetivos definidos para curto, médio e longo prazo. Priorize o os objetivos de longo prazo. Reveja o plano, confrontando-o com os seus objetivos e certifique-se de que ele atende suas necessidades e sonhos

Não é tão difícil! Sim, dá trabalho, mas não é algo complicado. Assim você evita problemas financeiros inesperados e mantém seu presente (e futuro) sobre controle. Seu comprometimento é tudo, lembre-se sempre disso. Nós do Dinheirama estamos aqui, caso necessite de auxilio. Até sexta.

Fontes usadas na criação deste artigo: Revista Veja e Portal Financenter.

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Ricardo Pereira é Analista Financeiro Sênior da ABET Corretora de Seguros, trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston e edita a seção de Economia do Dinheirama.
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Crédito da foto para Marcio Eugenio.

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