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Polônia e Hungria ficam sozinhas na oposição à reforma migratória da UE

Cerca de 250 mil pessoas chegaram até agora este ano ao território da UE por fora das passagens regulares da fronteira do bloco

por Reuters
3 min leitura
O edifício do Parlamento Europeu em Estrasburgo, França

Polônia e Hungria bloquearam nesta sexta-feira uma declaração simbólica da União Europeia sobre migração, mas outros líderes reunidos em uma cúpula na Espanha disseram que, de qualquer forma, continuarão a rever as regras do bloco para lidar com as chegadas ilegais de pessoas ao continente.

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Cerca de 250 mil pessoas chegaram até agora este ano ao território da UE por fora das passagens regulares da fronteira do bloco, onde vivem 450 milhões de pessoas.

Roma, Madri e Berlim expressaram preocupação com o aumento da imigração irregular, uma questão politicamente sensível antes das eleições regionais na Alemanha, em 8 de outubro, de uma votação nacional na Polônia, uma semana depois, e de uma votação parlamentar em todo o continente, em junho próximo.

O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, acusou a Alemanha e o líder da oposição polonesa de colaborarem para promover novas leis da UE que multam os países caso estes se recusem a acolher pessoas que cheguem do Oriente Médico e da África.

“A Polônia não concorda que outra pessoa mobilie a nossa casa”, disse Morawiecki.

Seu aliado e líder da Hungria, Victor Orbán, também acusou a UE de forçar um novo pacto de migração.

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Acordo

Dos 27 países-membros da UE, 22 concordaram esta semana sobre como lidar com a imigração irregular em períodos de chegadas excepcionalmente elevadas, dando um passo no sentido da reforma das regras ineficientes de asilo e imigração do bloco.

O Parlamento Europeu precisa continuar a negociar o acordo, algo que a chefe do Executivo do bloco disse na sexta-feira estar confiante que produzirá um acordo final.

“Podemos falar muito sobre isso, mas agora está a caminho”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“A imigração sempre existiu, sempre existirá. A questão é como a gerimos como time Europa… Não podemos aceitar o que os traficantes de seres humanos fazem e não podemos deixá-los decidir quem tem acesso à UE.”

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