Os custos são determinantes na escolha de bens e serviços. Quando estamos à procura de produtos financeiros para aplicar nosso dinheiro, não é diferente. Ao aplicar em ações, você paga taxa de corretagem, emolumentos, custódia e outros. Para investir em fundos, paga-se taxa de administração.
A taxa de administração é o valor que remunera gestor, administrador e custodiante – agentes que atuam conjuntamente na tarefa de aplicar o dinheiro dos investidores com transparência e segurança. Ela incide sobre o patrimônio do fundo e, embora seja uma taxa anual, é deduzida diariamente. É importante ficar claro que a rentabilidade divulgada de todos os fundos é líquida de taxas – ou seja, todos os descontos já foram realizados, até mesmo taxa de performance, quando houver.
Como esta taxa varia entre as diferentes categorias de fundos oferecidos no mercado, os investidores ficam com muitas dúvidas na hora de escolher. Por isso, é preciso entender quais os custos estão embutidos na taxa e como impactam os retornos, para não confundir taxa baixa com taxa justa.
Para facilitar a compreensão do valor das taxas de administração, vou separar os fundos em três grandes grupos. Cada um engloba tanto os fundos quanto os FICs, fundos que investem em cotas de outros fundos. No caso de FICs, a taxa é a soma das taxas.
1) Fundos passivos ou índices
São fundos que apenas replicam determinada carteira ou seguem a variação de um índice. Nestes fundos, não há trabalho intenso de gestão e análise, nem de operações. Não há preocupação com o cenário macroeconômico, nem tomadas de decisão relevantes. Operações são realizadas somente quando há aplicações, resgates ou ajustes nas carteiras teóricas. Assim sendo, a taxa de administração cobrada neste grupo é a mais baixa e deve ser inferior a 1% ao ano.
2) Fundos ativos de renda fixa
A boa performance deste grupo depende de análise do cenário macroeconômico e também de seleção de ativos de crédito privado. Só que análise de crédito é uma tarefa complexa. O risco de inadimplência neste mercado é elevado, exigindo muita experiência dos profissionais que fazem gestão destes fundos.
Embora alguns ativos de crédito estejam disponíveis para o investidor individual, como CDB e debêntures, é recomendável não se aventurar por conta própria. É melhor aplicar através de fundos, pois a diversificação minimiza o risco inerente deste mercado. Os fundos ativos de renda fixa exigem um trabalho mais intenso de gestão, por isso, a taxa de administração pode ultrapassar 1%, mas não deve ser superior a 2% ao ano.
3) Fundos ativos de ações ou multimercado
Estes são os fundos mais intensos em gestão e análise da indústria de fundos. Combinar macroeconomia e análise fundamentalista com modelos quantitativos requer um time de profissionais experientes e qualificados, além de uma infraestrutura para dar suporte às análises e operações.
Por isso, fundos com estratégias mais sofisticadas e que operam ativos de mais risco cobram taxas de administração mais altas. É razoável pagar entre 2% e 4% ao ano para alcançar maiores retornos e ter acesso a vários mercados, como o de derivativos e o mercado global. A diversificação também é um benefício.
Assim sendo, a taxa de administração é um fator decisivo na escolha de um fundo. Agora você já pode escolher o fundo para investir sabendo que taxa de administração pagar.
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Leia também meus artigos no Órama Blog e assista ao vídeo abaixo sobre taxa de administração para entender melhor o que expliquei neste texto.
https://www.youtube.com/watch?v=pMU3YwkCwnc
Até a próxima. Foto de sxc.hu.