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Por que o Bitcoin caiu até 13% após a sua máxima histórica?

Nas últimas 24 horas, cerca de U$ 218,57 mi de posições compradas (long) foram liquidadas, enquanto as vendidas (short) chegaram a US$ 98,37 mi

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Bitcoin Cripto

Após atingir a sua máxima de US$ 69.210 durante a terça-feira (6), o preço do Bitcoin (BTCUSD) mergulhou aproximadamente 13%, a US$ 60.134, o que assustou muitos investidores.

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O efeito, contudo, era esperado pelos analistas do mercado.

“Um ativo que bate a sua máxima histórica encontra uma resistência bastante forte aos preços e faz com que muita gente acabe realizando lucros. Cerca de US$ 900 milhões em posições long foram liquidadas com essa queda, mostrando que o mercado estava muito alavancado para um lado”, lembra Vinicius Bazan, CEO da Underblock.

Segundo a Coinglass, nas últimas 24 horas, cerca de U$ 218,57 milhões de posições compradas (long) foram liquidadas, enquanto as vendidas (short) chegaram a US$ 98,37 milhões.

O gráfico abaixo mostra bem o efeito gerado pelo atingimento da máxima. Considerando o mercado total de criptomoedas, os números chegaram a quase US$ 900 milhões em long e US$ 290 milhões em short.

Fonte: Coinglass

A liquidação refere-se ao processo de fechamento forçado das posições de um trader no mercado de criptomoedas. Por exemplo, quando a conta de margem de um trader não consegue mais suportar as suas posições abertas devido a perdas significativas ou à falta de margem suficiente para cumprir os requisitos de manutenção.

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Recuperação e perspectivas

Após o susto, o Bitcoin já parece ter retornado para a sua tendência de alta. Nesta manhã, às 8h57 de Brasília, o valor já buscava os US$ 67.243, alta de 5,40%.

“É possível, tendo em vista a volatilidade do Bitcoin, que a moeda experimentasse uma queda mínima nos próximos dias, após ultrapassar esses US$ 69 mil. Ainda assim, é válido que o investidor se mantenha atento ao Bitcoin, tendo por base que, após o halving, é esperado que o mercado se depare com ondas de altas nunca vistas anteriormente”, lembra André Franco, head de research do Mercado Bitcoin.

O interesse dos investidores também aumentou desde que a Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA) aprovou 11 ETFs (fundos negociados em bolsa) de bitcoin à vista no final de janeiro.

Altseason

Durante o último mês, a capitalização de mercado das altcoins aumentou 50%, de US$ 800 bilhões para US$ 1,2 trilhão, com as “memecoins” em destaque. Enquanto isso, as principais Ethereum (ETHUSD), Cardano (ADA), Polygon (MATIC), ainda não decolaram no rali.

Para Bruno Perini, especialista em criptomoedas e sócio do Grupo Primo, quando o bitcoin bate o seu topo histórico, convenciona-se falar que começa o “altseason”.

“É a temporada das outras criptomoedas, que inicialmente ficam para trás, mas que costumam até subir mais do que o bitcoin em ciclos positivos. E, outro ponto, é que boa parte do movimento do bitcoin vem no pós-halving. O movimento, em si, dura cerca de um ano a um ano e meio depois do halving. Este é o histórico dos últimos ciclos”, ressalta.

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