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Por que o dólar caiu após os dados da China?

Na última sessão, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,22%, a 4,9986 reais na venda.

por Reuters
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Dólar

O dólar (USDBRL) caía frente ao real nesta segunda-feira, com investidores digerindo dados de atividade domésticos e da China mais fortes do que o esperado, antes das decisões de política monetária desta semana do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.

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Às 10h25(de Brasília), o dólar à vista caía 0,14%, a 4,9918 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,15%, a 4,9955 reais.

“O principal indutor para esse movimento são os dados melhores do que o esperado na China, com investidores em compasso de espera pelas decisões de política monetária desta semana”, disse Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora.

A produção industrial e as vendas no varejo da China superaram as expectativas no período de janeiro a fevereiro, marcando um início sólido para 2024 e oferecendo algum alívio às autoridades em meio a dúvidas sobre a saúde econômica do país, mostraram dados nesta segunda-feira.

Na esteira desses números, os preços dos contratos futuros de minério de ferro –metal que é chave na pauta de exportação brasileira– saltaram nesta segunda-feira, dando suporte adicional ao real.

Ao mesmo tempo, no Brasil, dados do Banco Central mostraram que a atividade econômica iniciou 2024 com crescimento bem acima do esperado em janeiro, reforçando a visão de que a economia passa por um momento favorável mesmo que tenha desacelerado em relação ao final do ano passado.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou avanço de 0,60% no primeiro mês do ano, de acordo com dado dessazonalizado. O resultado ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,26% e marcou o quinto mês seguido no azul.

“O IBC-Br de janeiro traz uma atividade resiliente justamente por conta do setor de serviços, cuja inflação tem sido apontada pelo Banco Central como principal empecilho para uma aceleração no ritmo de cortes da Selic ou para um ciclo mais longo. Assim, não seria exagero dizer que o dado de hoje aumenta ainda mais as expectativas em torno do comunicado”, disse Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos.

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O Banco Central encerrará seu encontro de política monetária na quarta-feira, com ampla expectativa de novo corte de 0,50 ponto percentual da Selic, a 10,75%, mas com dúvidas sobre se a autarquia manterá a orientação de manutenção desse ritmo de afrouxamento nas “próximas reuniões”, mostrou pesquisa da Reuters com economistas.

Na quarta-feira, também se encerrará o encontro de política monetária do Federal Reserve, que deve manter os juros de acordo com previsões de mercado. Investidores ficarão atentos a pistas das autoridades do Fed sobre seus próximos passos, num momento em que muitos operadores têm adiado apostas sobre quando o banco central fará um primeiro corte na taxa.

Na última sessão, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,22%, a 4,9986 reais na venda.

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