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Por que Wall Street e o petróleo estão despencando?

Incertezas "sombrias" sobre a economia da China, dados ruins nos EUA e outros indicadores pesam sobre Wall Street e o petróleo

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Wall Street em queda Petróleo

Os mercados em Wall Street estão em modo pânico com uma conjunção de indicadores e notícias que derrubam as ações de tecnologia, lideradas pela queda de 6% da Nvidia (NVDA; NVDC34), e o recuo expressivo de 4% do petróleo (Brent).

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O índice VanEck Semiconductor ETF (SMH), muito acompanhado pelo setor, caiu 3,9%, em sua maior perda em um dia desde 2 de agosto.

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Em um relatório publicado nesta manhã, a Capital Economics avalia que o cenário deve permanecer “sombrio” para os mercados da China nos próximos meses, em meio a uma série de desafios estruturais enfrentados pelo país asiático.

“Os governos locais da China estão cortando gastos quando a economia em declínio poderia usar uma injeção fiscal no braço. As despesas nacionais caíram 2% ano a ano em janeiro-julho, ao consolidar as contas de despesas públicas gerais e fundos administrados pelo governo”, pontuaram as economistas Xiaoqing Pi e Helen Qiao, do Merrill Lynch em Hong Kong.

O corte de receitas e gastos ecoou uma crise fiscal no ano passado, o que levou a um raro aumento do déficit no meio do ano.

“Qualquer aumento desse tipo exigiria a aprovação do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, que se reunirá novamente de 10 a 13 de setembro. Mas vemos uma pequena chance de outro aumento do déficit, já que as exportações ainda sustentam o crescimento, e os formuladores de políticas provavelmente evitarão soar o alarme”, ressaltam as economistas.

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Dados dos EUA

Nos EUA, o índice PMI da indústria dos EUA medido pelo ISM subiu para 47,2 em agosto, ante 46,8 em julho. O resultado de agosto, porém, ficou aquém da previsão de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço maior, a 47,5.

Já PMI medido pela S&P Global recuou de 49,6 em julho para 47,9 em agosto. O resultado ficou levemente abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que esperavam 48.

Vale lembrar que as atenções de Wall Street estão voltadas para o Relatório de Emprego a ser divulgado na sexta-feira (6).

A Capital Economics prevê um ganho mais saudável de 170 mil postos de trabalho em agosto, juntamente com uma pequena queda na taxa de desemprego para 4,2%. O crescimento salarial deve permanecer em 3,6%. Juntos, isso seria consistente com um corte de taxa de 25 pontos-base pelo Fed.

Federal Reserve

Com isso, o mercado reforçou a expectativa de que o Federal Reserve abra o ciclo de relaxamento monetário com um corte de 50 pontos-base nos juros no próximo encontro de 18 de setembro. A aposta majoritária, entretanto, continua sendo por corte de 25 pontos-base na ocasião.

A probabilidade de redução de 50 pontos-base passou de 30% ontem para 39% no fim desta manhã, conforme a ferramenta FedWatch, da plataforma do CME Group, que monitora a curva futura de juros. A hipótese de alívio de 25 pontos-base caiu de 70% para 61%.

Petróleo

Os investidores também monitoram de perto as crescentes tensões entre China e Japão. Pequim emitiu uma ameaça de retaliação caso os japoneses imponham mais restrições à venda e manutenção de equipamentos de fabricação de chips para empresas chinesas.

Além disso, a especulação sobre uma resolução para uma disputa na Líbia sobre o controle de seu Banco Central, que teria levado a uma interrupção significativa na produção e exportação de petróleo do país, também contribuiu para a fraqueza.

Ibovespa

Após ter avançado 0,03% na máxima de 134.947,77 pontos, o Ibovespa (IBOV) perdeu tração e renovou mínima há pouco diante da aceleração do recuo das cotações do petróleo no exterior e das bolsas norte-americanas.

O PIB brasileiro registrou alta de 1,4% no segundo trimestre de 2024 ante o primeiro trimestre, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou perto do teto das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, que variavam de 0,4% a 1,6%, com mediana em 0,9%.

Na comparação com o segundo trimestre de 2023, o PIB apresentou alta de 3,3%, resultado que ficou acima da mediana das estimativas do mercado (2,6%).

“O PIB surpreendeu positivamente mesmo com o agro desacelerando caiu 2,3% no 2º tri ante o 1º”, afirma o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. “Agrada pontualmente”, completa, ao referir-se à possibilidade de mais pressão de uma inflação e taxa básica juros, a Selic, maiores.

Com o declínio das commodities – o minério de ferro cedeu quase 5% em Dalian.

(Com Estadão Conteúdo)

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