Na quarta-feira(10), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central subiu a taxa básica de juros para 8,5% ao ano. Com a medida, tornou a poupança mais atrativa do que muitos fundos de investimento de renda fixa.
Com essa nova taxa de juros, a poupança rende anualmente 5,95 %, 0,35 pontos percentuais acima do índice anterior que era de 5,60%. Porém, o valor ainda é menor do que o aumento geral de preços (inflação) acumulado nos últimos 12 meses que foi de 6,7%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Samy Dana, com o aumento da taxa básica de juros para 8,5%, a poupança passa a render 0,48% ao mês. Em termos práticos, significa que a cada R$ 100 investidos mensalmente, a rentabilidade é de dois centavos.
Quem decidir aplicar R$ 10.000, irá obter R$ 2 a mais por mês do que se a Selic continuasse em 8% ao ano. Ainda de acordo com o economista, o rendimento da poupança “é muito pouco”. “É uma mudança muito pequena para a grande maioria da população”, diz Dana.
O resultado disso tudo é que o consumidor não sente que houve aumento do poder aquisitivo. Porém, o investimento em poupança ainda é mais atrativo e rentável do que as aplicações em muitos fundos de renda fixa disponíveis no mercado.
Isso acontece porque os fundos sofrem com a tributação do Imposto de Renda e com a taxa de administração cobrada pelos bancos.
De acordo com Miguel Ribeiro, diretor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos Econômicos), os fundos apenas são mais vantajosos do que a poupança quando a taxa de administração cobrada for de 0,50% ao ano, o que normalmente acontece para investimentos acima de R$ 50 mil.
O recado de hoje é: preste atenção à rentabilidade de seus investimentos. Será que o fundo de renda fixa em que você investe rende mais que a poupança? Cuidado também com a inflação. Comente abaixo e deixe sua opinião.
FONTE: R7 | Blog do Loetz Foto de freedigitalphotos.net