Finclass Vitalício Topo Desktop
Home Economia Powell diz que ainda não está claro se juros estão altos o suficiente para controlar inflação nos EUA

Powell diz que ainda não está claro se juros estão altos o suficiente para controlar inflação nos EUA

"A função do Fed é reduzir a inflação para nossa meta de 2%, e é o que faremos", disse Powell. "

por Reuters
3 min leitura
Federal Reserve Jerome Powell

O Federal Reserve pode precisar aumentar ainda mais a taxa de juros para garantir que a inflação seja contida nos Estados Unidos, disse nesta sexta-feira o chair do Fed, Jerome Powell, em comentários que contrabalançaram a redução no ritmo de aumento dos preços no último ano com o surpreendente desempenho da economia dos EUA.

Finclass Vitalício Quadrado

Powell disse que as autoridades de política monetária do Fed “procederão com cuidado ao decidirmos se devemos apertar mais”, mas também deixou claro que o banco central ainda não concluiu que sua taxa básica de juros está alta o suficiente para garantir que a inflação retorne à meta de 2%.

“A função do Fed é reduzir a inflação para nossa meta de 2%, e é o que faremos”, disse Powell. “Apertamos significativamente a política monetária ao longo do último ano. Embora a inflação tenha diminuído em relação ao seu pico — um desenvolvimento bem-vindo — ela continua muito alta. Estamos preparados para aumentar ainda mais os juros, se for o caso, e pretendemos manter a política monetária em um nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção ao nosso objetivo.”

Nesse contexto, dados recentes levantaram uma nova preocupação, disse ele.

“Estamos atentos aos sinais de que a economia pode não estar esfriando como esperado”, com os gastos do consumidor “especialmente robustos” e o setor imobiliário possivelmente se recuperando, disse Powell.

A economia continua a crescer acima da tendência, disse Powell, e se isso continuar “pode colocar em risco o progresso da inflação e justificar um maior aperto da política monetária”

Finclass Vitalício Quadrado

Os comentários mostraram o Fed lutando com sinais conflitantes de uma economia em que a inflação, segundo algumas leituras, desacelerou bastante sem muito custo para a economia – algo bom, mas que levantou a possibilidade de que a política monetária do Fed não esteja restritiva o suficiente para concluir o trabalho.

Segundo ele, é difícil saber com precisão em que medida a atual taxa referencial do Fed, de 5,25% a 5,5%, atingiu a taxa de juros “neutra” necessária para desacelerar a economia e, portanto, é difícil avaliar a posição da política monetária.

Powell repetiu o que se tornou um diagnóstico padrão do Fed sobre o progresso da inflação — um alívio no salto da inflação de bens da era da pandemia e um declínio na inflação do setor imobiliário “em andamento”, mas com a preocupação de que os gastos contínuos dos consumidores em uma ampla gama de serviços e um mercado de trabalho apertado possam dificultar o retorno ao nível de 2%.

Um declínio recente nas medidas da inflação subjacente, eliminados os preços dos alimentos e da energia, “foi bem-vindo, mas dois meses de dados bons são apenas o começo de o que será necessário para aumentar a confiança de que a inflação está diminuindo de forma sustentável”, disse Powell.

“Dado o tamanho” do setor de serviços, excluindo o setor imobiliário, “será essencial algum progresso adicional”, disse o chefe do Fed, e provavelmente será necessária uma desaceleração econômica para que isso aconteça.

“A política monetária restritiva provavelmente desempenhará um papel cada vez mais importante. Para que a inflação volte a cair de forma sustentável para 2%, deve ser necessário um período de crescimento econômico abaixo da tendência, bem como um certo abrandamento nas condições do mercado de trabalho”, disse Powell.

“Dois por cento é e continuará sendo nossa meta de inflação”, disse Powell. “Estamos comprometidos em alcançar e manter uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para reduzir a inflação a esse nível ao longo do tempo.”

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.

© 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.