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PPI dos EUA fica estável em fevereiro, abaixo do esperado

O salto de 53,6% nos preços de ovos de galinha foi responsável por dois terços do aumento nos bens

por Gustavo Kahil
Ovos Inflação

O Índice de Preços ao Produtor (PPI) para demanda final nos EUA permaneceu estável em fevereiro, após altas de 0,6% em janeiro e 0,5% em dezembro, segundo dados ajustados sazonalmente do Departamento de Trabalho divulgados nesta quinta-feira (13). Na comparação anual, o índice avançou 3,2% em 12 meses, refletindo pressões moderadas de inflação.

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O núcleo do PPI – que exclui itens voláteis – caiu 0,1% em fevereiro ante janeiro, segundo a pesquisa divulgada nesta quinta. Na comparação anual, o núcleo do PPI avançou 3,4% em fevereiro. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,3% e acréscimo anual de 3,5% em fevereiro.

A estabilidade do PPI foi resultado de um aumento de 0,3% nos preços de bens para demanda final, compensando a queda de 0,2% nos serviços. “Este é o quinto aumento consecutivo para bens”, destacou o relatório, com destaque para alimentos, que subiram 1,7%. Já os serviços foram pressionados pela queda de 1,0% nas margens do comércio atacadista e varejista.

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Núcleo do PPI

Excluindo alimentos, energia e serviços de comércio, o núcleo do PPI subiu 0,2% em fevereiro, desacelerando ante o 0,3% de janeiro. Na base anual, o índice registrou alta de 3,3%, sinalizando pressões persistentes em setores essenciais. “A inflação subjacente mantém ritmo, mas mostra certa moderação”, analisa o relatório.

Ovos

O salto de 53,6% nos preços de ovos de galinha foi responsável por dois terços do aumento nos bens. “O índice de vegetais frescos e secos também subiu, assim como energia elétrica e produtos de tabaco”, detalha o Departamento de Trabalho. Em contrapartida, a gasolina recuou 4,7%, e produtos químicos básicos caíram.

O setor de serviços registrou a maior queda desde julho de 2024 (-0,2%), com margens do comércio atacadista caindo 1,4%. “A redução em máquinas e veículos no atacado foi determinante”, explica o relatório. Varejo de alimentos, automóveis e vestuário também recuaram, enquanto cuidados médicos subiram 0,8%.

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Enquanto o varejo de roupas e calçados caiu, o setor de saúde avançou, com hospitais registrando alta de 0,8%. No atacado, máquinas e equipamentos subiram, mas produtos químicos e empréstimos imobiliários recuaram. “A dinâmica mostra ajustes pontuais, não uma tendência generalizada”, avalia o relatório.

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