Os preços ao produtor dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em setembro em meio aos custos mais altos da energia, mas as pressões inflacionárias subjacentes nos portões da fábrica continuaram a se moderar.
O índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,5% no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta quarta-feira. Os dados de agosto não foram revisados e mostraram que o índice subiu 0,7%.
Economistas consultados pela Reuters esperavam que o índice aumentaria 0,3%. Nos 12 meses até setembro, os preços ao produtor acumulam alta de 2,2%, de 2,0% em agosto.
O núcleo do índice, que exclui os componentes de alimentos, energia e serviços comerciais, teve um aumento de 0,2%, depois de subir pela mesma margem em agosto. Nos 12 meses até setembro, o chamado núcleo do índice aumentou 2,8%, depois de subir 2,9% em agosto.
O relatório foi publicado antes da divulgação, na quinta-feira, dos dados de preços ao consumidor de setembro, que estão sendo observados de perto em busca de pistas sobre se o Federal Reserve aumentará ou manterá a taxa de juros, tendo como pano de fundo o aumento dos rendimentos dos Treasuries e o conflito no Oriente Médio.
Os mercados financeiros preveem que o banco central dos EUA deixará os juros inalterados em sua reunião de política monetária de 31 de outubro e 1º de novembro, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
Autoridades do Fed indicaram na segunda-feira que o aumento dos rendimentos dos Treasuries de longo prazo poderia desviar o banco central de aumentar ainda mais os juros. Desde março de 2022, o Fed aumentou sua taxa básica em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.