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Preços ao produtor no Brasil aceleram alta a 0,74% em abril

O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a reduzir a queda a 3,08%. Em março, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia subido 0,35%

por Reuters
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Soja

 Os preços ao produtor no Brasil passaram a subir 0,74% em abril, marcando o terceiro mês seguido de avanço, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

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O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a reduzir a queda a 3,08%. Em março, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) havia subido 0,35%.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 20 tiveram alta nos preços em abril. As maiores altas foram registradas por papel e celulose (3,99%), fumo (2,49%) e farmacêutica (2,10%).

De acordo com o analista da pesquisa, Felipe Câmara, o resultado do índice no mês está relacionado, principalmente, ao comportamento das cadeias derivadas da soja e da cana-de-açúcar.

“A soja está em fase de colheita, mas a safra tem produzido um volume menor que a do ano passado. Além dessa menor produtividade, o volume exportado no primeiro trimestre foi expressivo, ou seja, há uma menor disponibilidade da commodity para consumo doméstico”, disse ele.

“Nesse contexto, o óleo bruto respondeu à pressão de demanda associada à competição entre cadeias derivadas. O incremento da parcela adicionada de biodiesel no ‘blend’ do diesel, a partir de março, incentivou a procura pelo derivado da soja para fabricação do combustível, aumento que foi acompanhado de um movimento de compra para garantia de estoques no setor de fabricação de alimentos”, completou.

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Esse cenário impactou a alta de 0,89% dos bens de consumo, que representaram 0,33 ponto percentual do índice geral e se igualaram à influência dos bens intermediários.

Entre os setores de maior influência sobre o resultado geral, destacaram-se alimentos (0,19 ponto percentual), indústrias extrativas (-0,19 p.p.), papel e celulose (0,12 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,08 p.p.).

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

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