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Preços ao produtor no Brasil sobem em fevereiro após 3 quedas seguidas

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação

por Reuters
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Indústria

Os preços ao produtor no Brasil passaram a subir 0,06% em fevereiro depois de três meses seguidos de quedas, informou Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

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O resultado levou o Índice de Preços ao Produtor (IPP) acumulado em 12 meses a uma deflação de 5,16%.

Entre as 24 atividades analisadas, o IBGE apontou que 14 apresentaram avanço de preços. Os setores que mais contribuíram para o avanço do índice geral foram os de metalurgia (0,12 ponto percentual), indústrias extrativas (0,09 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,08 p.p.).

No setor de metalurgia, os preços subiram 2,03% frente a janeiro, taxa mais alta para a atividade desde maio de 2022 (+2,05%).

“Houve aumento dos preços do minério de ferro, depois de ter registrado queda em um ambiente internacional muito hostil”, disse o gerente do IBGE Alexandre Brandão.

Já os preços da indústria extrativa avançaram 1,79%, enquanto o refino de petróleo e biocombustíveis teve alta de 0,74%.

Na outra ponta, o maior destaque foi a queda de 1,42% do setor de alimentos, com influência de -0,35 ponto no índice geral. O resultado dessa atividade foi impactado pela queda nos preços de produtos derivados da soja, do arroz e carnes de bovinos frescas, de acordo com o IBGE.

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“Houve a entrada da safra da soja e do arroz e um aumento do efetivo do gado para abate. Isso torna os preços mais baratos para a indústria”, explicou Brandão. “Se não fosse pelo resultado negativo do setor de alimentos, que pesa cerca de 25% da indústria, o índice teria crescido mais em fevereiro”.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

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