O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou nesta quarta-feira que apresentou ao governo do Estado de São Paulo algumas condições para apoiar a privatização da Sabesp (SBSP3).
Nunes disse que prefeitura só irá referendar a capitalização da maior companhia de água e esgoto do Brasil caso haja uma perspectiva de redução na tarifa do consumidor e ampliação e antecipação de investimentos.
Outras condições são garantias relacionadas ao contrato com a prefeitura e “um olhar” para os funcionários da companhia.
“Isso já deixei claro para o Tarcísio”, afirmou Nunes, referindo-se ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
“Uma vez que tudo isso seja atendido…se for melhor para a cidade, a gente vai apoiar. Mas se não for, não vamos apoiar (a privatização)”, acrescentou Nunes a jornalistas no Rio Construção Summit
O presidente da Sabesp, André Salcedo, afirmou no final de agosto que a proposta no plano de privatização da empresa é antecipar o prazo de universalização de serviços de 2033 para 2029.
A Sabesp recebeu recentemente autorização para contratar bancos coordenadores de uma futura oferta pública de ações, em um modelo semelhante à privatização da Eletrobras.
O processo de desestatização da empresa deu um grande avanço quando a cidade de São Paulo aderiu em agosto à regionalização de serviços de água e esgoto no âmbito do marco do saneamento.
Nunes também disse que vem conversando com o governo do Rio sobre a experiência da Cedae, que concedeu à iniciativa privada os segmentos de distribuição de água e tratamento e coleta de esgoto.