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Prefira o lado dos vencedores!

por Ricardo Pereira
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Juros CompostosA pergunta que todos fazemos é: o que fazer para ficar milionário, para ganhar uma boa quantidade de dinheiro que, no pior dos mundos, seja capaz de nos trazer segurança e conforto? Cada um, provavelmente, tem uma resposta. Até agora, a que eu acredito ser a mais próxima do ideal é: mantendo uma vida regrada, com os gastos sob controle, de humildade e, principalmente, ficando ao lado dos vencedores.

Após alguns anos trabalhando com o mercado financeiro, vendo diariamente pessoas construindo impérios ou se tornando pó em um único movimento equivocado, percebo que os vencedores estiveram sempre do mesmo lado. Isso não quer dizer que preferiram não correr riscos. Eles, mais do que ninguém, sabem que o risco existe e que seus ganhos têm íntima relação com ele. E por isso, muitos resolveram apostar. Um aposta naquele ativo que pode subir, outro aposta no sentido oposto. Todos apostam!

O primeiro milhão? Lenda?
Em se tratando de mercado financeiro, tornar-se rico nos dias de hoje através da renda variável é perfeitamente possível. Aliás, essa é uma certeza que percorre todo o Brasil. Entretanto, para alcançar essa riqueza são necessários, além de conhecimento de causa (hoje em dia existe um mundo de informações acessíveis), sangue frio e um bocado de sorte.

Sim, é possível manter um planejamento que lhe garanta um investimento mensal que, com um retorno anual de 10%, lhe permita atingir, em 10 anos, seu primeiro milhão. O mito do milhão é muito maior que a real dificuldade de atingi-lo. Claro, tudo dependerá de qual lado você escolher. Em outras palavras, é preciso querer chegar ao milhão e não esperar que ele caia do céu.

Um exemplo prático
Trimestralmente, os bancos e instituições financeiras publicam seus balanços e demonstrações de resultados. Nos últimos tempos, todos nós (inclusive eu) os colocamos, em certos momentos, como vilões da economia em razão da cobrança exagerada de juros, taxas, etc. No decorrer de cada nova apresentação dos dados, percebemos um novo recorde nos seus resultados financeiros. Lucro em cima de lucro. Ou serão juros em cima de juros?

Mas, eles estão mesmo errados?
Não. Os bancos hoje em dia, além de contar com as altas taxas de juros e de tirarem dela boa parte de seu lucro (principalmente os grandes bancos), possuem administrações de primeiríssima linha. A tecnologia bancária no país é referência internacional, principalmente nas questões de segurança. Nada é por acaso ou por sorte. Os bancos brasileiros estão atraindo gente de fora e exportando talentos na administração de carteiras e portfólio. Temos bons (e ricos) bancos, e daí?

Refletindo esse ótimo desempenho e capacidade administrativa, notamos resultados cada vez melhores. Ao invés de só chorar e reclamar dos juros altos do seu cheque especial (chore no ouvido do seu gerente, não do seu vizinho), que tal comprar ações desses bancos? Que tal tornar-se sócio dessas instituições? Já pensou nisso?

Dessa forma, sua visão pode mudar. Vai perceber que a beleza é vista de acordo com o ponto de vista de cada um. Na verdade, a reflexão é mais profunda. Será que não estamos do lado errado da equação? Estamos juntos dos vencedores? Aproveitar a capacidade de enriquecer dos bancos é possível e é interessante. Aproveitar o poder dos juros compostos é imprescindível.

Não é só isso!
Não pense que essa regra vale apenas para os bancos. Lembre-se das empresas do ramo imobiliário, lembre-se que os preços das commodities ainda pode sofrer um reajuste de 30% no curto prazo e existem muitas empresas que podem ganhar muito com isso. Note os fundamentos da economia brasileira e observe que ela passa por um período de contos de fada, já com uma aura pré investment grade. Tem muito dólar e oportunidades rolando por aqui.

Esteja atento para identificar os vencedores, aqueles que terão seus ganhos multiplicados em pouco tempo e, consequentemente, aumentarão a chance de riqueza de seus acionistas. E ai? De que lado você está?

PS: Você já reparou que o Dinheirama inaugurou seu fórum de discussões? É mais uma novidade que promete.

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Ricardo Pereira é Analista Financeiro Sênior, trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston Garantia e edita a seção de Economia do Dinheirama.

Crédito da foto para Marcio Eugenio.

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