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Premiê japonês definirá data para início de liberação de água de Fukushima na terça-feira

A Agência Internacional de Energia Atômica aprovou o programa, dizendo que o impacto da liberação no ambiente será "insignificante"

por Reuters
3 min leitura
Primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, durante entrevista coletiva em Tóquio

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, disse que seu governo decidirá na terça-feira quando começará a despejar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima no Oceano Pacífico, em um plano criticado no país e no exterior.

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Falando a repórteres em seu gabinete em Tóquio, Kishida reiterou a importância de avançar com o processo de descomissionamento da usina danificada, mas se recusou a dar uma janela para quando o despejo pode acontecer.

A emissora NHK disse que Kishida está finalizando os planos para começar a liberar a água o mais rápido possível após quinta-feira, sem esclarecer suas fontes.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou no mês passado o programa, dizendo que o impacto da liberação de água no meio ambiente será “insignificante”.

Apesar de tais garantias, a perspectiva de mais de um milhão de toneladas de água sendo despejadas no Pacífico a partir da usina nuclear de propriedade da Tokyo Electric Power Company tem provocado alarme na Coreia do Sul e na China, que proibiu a importação de frutos do mar de algumas áreas do Japão após o desastre nuclear em 2011.

Grupos de pesca locais também protestaram contra o plano, dizendo que estão seriamente preocupados com os danos à reputação causados ​​pela liberação de água — que deve levar décadas para ser concluído — e seu impacto em seus meios de subsistência.

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O ministro da Indústria do Japão, Yasutoshi Nishimura, disse nesta segunda-feira que o governo obteve “um certo grau de compreensão” da indústria pesqueira para a liberação da água.

Kishida e Nishimura se encontraram nesta segunda-feira com Masanobu Sakamoto, chefe da Federação Nacional das Associações de Cooperativas de Pesca, para oferecer garantias de segurança.

Antes das discussões, Sakamoto disse que a oposição do grupo ao plano “não mudou nem um pouco”, acrescentando que eles entendiam que a liberação poderia ser cientificamente segura, mas ainda temiam danos à reputação.

A água, equivalente ao conteúdo de 500 piscinas olímpicas, tem sido usada principalmente para resfriar reatores nucleares danificados em 2011, quando as ondas de um tsunami atingiram a usina na costa norte de Tóquio após um terremoto.

Kishida reconheceu as preocupações da associação de pescadores, mas disse que a liberação de água se tornou um assunto urgente e pediu que eles entendessem que o descarte da água é necessário.

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