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Prio decepciona de novo, mas BTG reforça aposta na top pick

Recomendação tem fundamento no início da produção do campo de Wahoo e na aquisição do campo Peregrino, que contribuem para os resultados

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Prio

A Prio (PRIO3) revelou nesta segunda-feira (7) que a produção registrada em setembro foi de 71,5 mil barris por dia (kb/d), mantendo-se praticamente estável em relação ao mês anterior. No entanto, o desempenho trimestral foi o mais fraco dos últimos seis trimestres, com uma queda de 22% na produção em relação ao segundo trimestre de 2024, que fechou com 70,3 kb/d.

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De acordo com o relatório, houve uma leve melhora nos campos de Albacora Leste (ABL) e Polvo+TBMT, com aumentos de 10% e 4% na produção, respectivamente, atingindo 25,5 kb/d e 10,7 kb/d. Entretanto, a queda de 8% no campo de Frade, cuja produção agora está em 35,2 kb/d, compensou quase completamente os ganhos obtidos nos outros campos.

Em um relatório, o BTG Pactual destacou que os números fracos de setembro já eram, em grande parte, esperados, uma vez que refletem problemas relatados anteriormente pela Prio em agosto. Esses problemas, como a greve do Ibama, que atrasou manutenções, e a antecipação de manutenção em plataformas, foram apontados como os principais fatores para o desempenho abaixo do esperado.

No entanto, apesar das dificuldades, a produção no campo de Frade foi retomada em 5 de setembro, enquanto a produção de ABL voltou ao normal em 15 de setembro. Já no complexo Polvo+TBMT, um dos três poços que aguardavam manutenção foi concluído em 25 de setembro. Esses ajustes são confirmados por dados diários da ANP, que indicam que a produção da Prio já se aproxima de 81 kb/d no início de outubro.

A gestão da Prio demonstrou confiança na normalização da produção nos próximos meses. O BTG Pactual projeta que a taxa de produção de saída da empresa pode alcançar entre 115 e 125 kb/d até dezembro, já incorporando os números do campo Peregrino, recentemente adquirido pela companhia.

Prio é a top pick

Mesmo com a fraqueza observada nos dados de setembro, o BTG reafirma a Prio como sua principal escolha no setor de petróleo e gás (O&G), ressaltando que as perspectivas de crescimento da empresa continuam sólidas. A expectativa de crescimento está fundamentada no início da produção de petróleo do campo de Wahoo e na aquisição do campo Peregrino, que deve contribuir positivamente para os resultados.

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Essa aquisição, inclusive, fez com que o BTG elevasse o preço-alvo para as ações da Prio de R$ 76 para R$ 79, com recomendação de compra. O valor sugere um potencial de valorização de aproximadamente 74%.

O relatório também sugere que, apesar dos riscos geopolíticos que impulsionaram os preços do petróleo nas últimas semanas, uma eventual redução nas tensões internacionais poderia provocar uma leve queda nas ações da Prio, em função do arrefecimento nos preços do petróleo.

Entretanto, o BTG Pactual reforça que a valorização prevista para a Prio está mais relacionada a fatores internos da empresa – como suas aquisições e crescimento operacional – do que à variação nos preços internacionais do petróleo. Isso torna a empresa uma aposta sólida no longo prazo, mesmo diante da volatilidade do mercado global de commodities.

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