A Prio (PRIO3) anunciou sua entrada no negócio de comercialização de gás natural, com acordos firmados com a Petrobras (PETR3; PETR4) para acesso à infraestrutura de processamento e transporte, conforme revela o Valor. A expectativa é de que a empresa forneça 300 mil m³ por dia de gás em 2025, volume que pode crescer para 1 milhão m³/d com o aumento da produção no campo de Wahoo. Para o BTG Pactual, essa diversificação do portfólio oferece maior previsibilidade de receita e reduz ligeiramente a exposição ao Brent.
Em um relatório distribuído a clientes nesta sexta-feira (3), o banco considera o movimento estratégico, destacando o potencial de crescimento da produção da Prio e o retorno atrativo aos acionistas. Contudo, a necessidade de licenças ambientais para Wahoo é um desafio imediato. Apesar disso, o BTG mantém a Prio como uma de suas principais recomendações no segmento de upstream.
O que disse o BTG sobre a Prio?
• Diversificação com gás natural: A entrada no mercado de gás adiciona uma nova opção ao portfólio da Prio, reduzindo riscos associados à volatilidade do petróleo (UKOIL). “Os preços do gás no Brasil são mais estáveis e incluem um piso, limitando perdas,” avaliou o BTG.
• Crescimento de produção: Em 2025, os volumes iniciais de gás representarão um aumento de aproximadamente 1,9 mil barris de óleo equivalente/d (2% do estimado pelo BTG neste ano) e podem chegar a cerca 6,3 mil boe/d (4% do projetado) em 2026, com o avanço da produção no Wahoo.
• Desafios regulatórios: Para alcançar esse potencial, a Prio precisa garantir licenças ambientais para o campo de Wahoo. “Os atrasos nesse processo continuam sendo um obstáculo de curto prazo,” destacou o relatório.
• Retorno ao acionista: A Prio oferece um perfil de retorno atrativo, com forte potencial de crescimento orgânico e inorgânico, além de foco em recompra de ações, elemento central em sua alocação de capital.
• Recomendação otimista: Apesar dos desafios, o BTG mantém visão positiva para 2025, com a Prio e a Petrobras entre as principais escolhas no segmento upstream, destacando o posicionamento estratégico da companhia no mercado de gás.