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Prio tem ‘recuperação gradual’ e é ‘compra’, dizem analistas

"A habilidade da Prio de gerar fluxo de caixa livre sólido em cenários adversos reforça nossa preferência pela ação", opina o BTG

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Prio

A Prio (PRIO3) anunciou que sua produção média total em outubro foi de 79,2 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd), representando um aumento de 11% em relação ao mês anterior, quando a produção alcançou 71,4 mil boepd. A alta foi impulsionada principalmente pela retomada de atividades no campo de Frade e pela recuperação parcial no cluster Polvo+TBMT, apesar de alguns desafios operacionais persistentes.

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Os analistas Pedro Soares e Henrique Pérez, do BTG Pactual, destacam que esse crescimento era esperado, dado que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) já vinha reportando dados diários de produção dos principais campos do Brasil. Ainda assim, o aumento é visto como um sinal positivo de normalização nas operações da Prio.

“A produção de outubro ainda está abaixo do ideal, pois dois poços no cluster Polvo+TBMT aguardam a autorização do Ibama para reparos, além de uma substituição de turbina em Albacora Leste, prevista para ser concluída no início de novembro”, comentam os analistas.

Para Soares e Pérez, a perspectiva é que a produção estabilize acima de 80 mil boepd até o final do ano, caso as operações normalizem por completo.

A Prio tem enfrentado uma série de interrupções operacionais ao longo de 2024, o que impactou seu desempenho na bolsa, embora boa parte desses desafios seja atribuída a fatores externos. Os analistas observam que isso pode continuar afetando o sentimento de curto prazo em relação à ação. Ainda assim, consideram que, para investidores de longo prazo, o atual preço da ação é uma oportunidade atrativa. “A habilidade da Prio de gerar fluxo de caixa livre sólido em cenários adversos reforça nossa preferência pela ação entre os players independentes no Brasil”, dizem, destacando a resiliência da empresa.

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A XP Investimentos, por sua vez, enfatiza o campo de Frade como um dos principais responsáveis pela elevação na produção. Segundo os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm, a produção de Frade subiu 6,3 mil boepd em outubro, compensando o impacto das paradas anteriores. No entanto, as vendas foram prejudicadas pela falta de offtakes em Albacora Leste, já que a Repsol Sinopec, parceira da Prio, vendeu antecipadamente 929 mil barris de sua participação para o período de dezembro de 2023 a outubro de 2024.

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Cardoso e Kelm mantêm uma visão neutra sobre a ação, embora reconheçam o progresso na recuperação da produção. “Continuamos otimistas em relação aos próximos períodos, esperando pequenas melhorias com a reativação de poços parados em TBMT”, afirmam, embora reconheçam que a autorização do Ibama para o workover tenha demorado mais do que o inicialmente previsto. Eles projetam que, em 2025, o crescimento será impulsionado pelo campo Wahoo, com potencial de adicionar cerca de 40 mil boepd, e pela aquisição do campo de Peregrino, que deve acrescentar entre 36 e 40 mil boepd líquidos à produção da Prio.

O Safra também destaca o crescimento da produção em outubro, ressaltando que o aumento de 11% foi impulsionado por Frade, Polvo+TBMT e uma produção estável em Albacora Leste. Segundo os analistas Conrado Vegner e Vinícius Andrade, a produção no campo de Frade aumentou 18% em relação a setembro, atingindo 41,6 mil boepd, após ter sido impactada por uma parada em setembro. Já no cluster Polvo+TBMT, a produção média foi de 12,1 mil boepd, alta de 13% em relação ao mês anterior, beneficiada pela retomada do poço TBMT-8H, embora outras operações ainda aguardem autorização do Ibama.

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Albacora Leste manteve-se estável em 25,5 mil boepd, com impacto residual devido à substituição da turbina, esperada para ser finalizada no início de novembro. Vegner e Andrade apontam que a média de produção da Prio no ano é de 82 mil boepd, 4% abaixo da estimativa do Safra, que previa 86 mil boepd para 2024. Eles também destacam que, em novembro, os offtakes totalizaram 876 mil barris, um valor bem abaixo da média de 2,2 milhões de barris mensais registrada no terceiro trimestre, devido à antecipação das vendas da Repsol.

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