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Produção industrial nos EUA cai 0,6%, muito abaixo do esperado

A capacidade utilizada na indústria também desacelerou, caindo para 77,8%, uma taxa 1,9 ponto percentual abaixo da média de longo prazo

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Indústria

Em julho de 2024, a produção industrial nos Estados Unidos registrou uma queda de 0,6%, após um aumento de 0,3% em junho, de acordo com o relatório do Federal Reserve. Esta queda foi influenciada, em parte, por paralisações ocorridas no início de julho, principalmente nos setores petroquímico e correlatos, devido ao impacto do furacão Beryl, que reduziu o crescimento da produção industrial em cerca de 0,3 pontos percentuais. O mercado esperava, segundo a Briefing.com, uma alta de 0,1%.

O setor de manufatura, que representa uma parte significativa da produção industrial, apresentou uma redução de 0,3% no mês. Embora a produção excluindo o setor automotivo tenha aumentado 0,3%, a queda acentuada de quase 8% na produção de veículos e peças automotivas puxou o índice geral para baixo. Outros setores, como mineração e utilidades, também contribuíram para a retração, com a mineração mantendo-se estável e as utilidades registrando uma queda de 3,7%.

A capacidade utilizada na indústria também refletiu essa desaceleração, caindo para 77,8% em julho, uma taxa 1,9 pontos percentuais abaixo da média de longo prazo (1972-2023). As estimativas, segundo a Briefing.com, era de 78.6%.

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No setor de manufatura, a utilização da capacidade foi de 77,2%, um decréscimo em relação ao mês anterior, situando-se 1,1 pontos percentuais abaixo da média histórica.

O índice de produção de bens de consumo registrou uma queda de 1% em julho, puxado principalmente por uma redução de 7% no índice de produtos automotivos. O setor de materiais também experimentou uma queda de 0,7%, com perdas tanto em componentes energéticos quanto não energéticos. Em contraste, o setor de equipamentos de defesa e espaço registrou um ganho de 0,5%, mostrando alguma resiliência em um ambiente industrial desafiador.

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A produção de bens duráveis caiu 0,9%, enquanto a produção de bens não duráveis teve um leve aumento de 0,4%. Dentro do setor de bens duráveis, a queda na produção de veículos e peças foi particularmente significativa, mais do que compensando os ganhos em produtos eletrônicos e maquinário. No setor de bens não duráveis, os maiores ganhos foram observados nos produtos de petróleo e carvão, com um aumento de 1,7%, e no setor de papel, que cresceu 1,3%.

O setor de mineração permaneceu estável em julho, apesar das paralisações temporárias nas instalações de extração de gás natural líquido devido ao furacão Beryl. Esse fator foi compensado por um aumento na extração de petróleo bruto. Já as utilidades experimentaram uma redução acentuada, liderada por uma queda de 4,3% nas utilidades elétricas.

A utilização da capacidade no setor de mineração permaneceu inalterada em 88,8%, uma taxa 2,3 pontos percentuais acima da média de longo prazo. Por outro lado, a utilização da capacidade nas utilidades caiu para 71%, continuando bem abaixo da média histórica.

Veja o relatório da produção industrial

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