A produtividade dos trabalhadores dos Estados Unidos cresceu mais rápido do que o esperado no quarto trimestre, mantendo os custos unitários de mão de obra contidos e dando ao Federal Reserve outro impulso na luta contra a inflação.
A produtividade não agrícola, que mede a produção por hora de cada trabalhador, aumentou a uma taxa anualizada de 3,2% no último trimestre, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.
Os dados do terceiro trimestre foram revisados para baixo, mostrando que a produtividade cresceu a uma taxa ainda sólida de 4,9%, em vez dos 5,2% informados anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previram que a produtividade aumentaria a uma taxa de 2,5%.
Os custos unitários de mão de obra — o preço da mão de obra por unidade individual de produção — recuperaram-se a uma taxa de 0,5%, depois de terem diminuído a um ritmo de 1,1% no trimestre de julho a setembro.
O banco central dos EUA deixou as taxas de juros inalteradas na quarta-feira. O chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres que “acreditamos que nossa taxa de política monetária está provavelmente em seu pico para este ciclo de aperto e que, se a economia evoluir amplamente conforme o esperado, provavelmente será apropriado começar a reduzir a restrição em algum momento deste ano”.
O Fed aumentou sua taxa básica em 5,25 pontos percentuais, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%, desde março de 2022.
O mercado de trabalho também está arrefecendo constantemente, o que poderia ajudar ainda mais a conter a inflação salarial.
Em um relatório separado nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho disse que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 9 mil, para 224 mil, ajustados sazonalmente, na semana encerrada em 27 de janeiro. Os economistas haviam previsto 212 mil pedidos para a última semana.