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Provável interina da PGR é eleita por Conselho Superior do MPF

Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indicar o sucessor de Aras e o Senado não tiver aprovado a escolha até lá, o que parece que vai acontecer

por Reuters
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A eleição de Elizeta é importante porque Aras deixa o comando da PGR no dia 26 de setembro (Imagem: Reprodução/Valter Campanato/Agência Brasil)

A subprocuradora-geral da República Elizeta Maria de Paiva Ramos foi eleita nesta terça-feira, por aclamação, como vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), cargo que, em caso de vacância do procurador-geral da República, Augusto Aras, comandará interinamente a instituição.

A eleição de Elizeta é importante porque Aras deixa o comando da PGR no dia 26 de setembro.

Se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indicar o sucessor de Aras e o Senado não tiver aprovado a escolha até lá, o que parece que vai acontecer, Elizeta Ramos será quem comandará interinamente a PGR.

Atualmente, Elizeta é coordenadora da Câmara de Controle Externo da Atividade Policial e Sistema Prisional, tendo também já atuado como corregedora-geral e procuradora eleitoral substituta, entre outros cargos.

Não seria a primeira vez que uma interinidade no comando da PGR ocorreria. No segundo mandato de Lula em 2009, a então subprocuradora-geral da República Deborah Duprat ficou no cargo por 22 dias e, na ocasião, desengavetou uma ação sobre aborto de anencéfalos e moveu outros processos polêmicos no Supremo Tribunal Federal.

Elizeta, aposta um destacado integrante do MPF, tem um perfil de trabalho discreto e não deverá fazer qualquer tipo de movimento importante durante sua eventual interinidade, uma vez que estaria prestes a se aposentar da instituição.

Segundo fontes ouvidas anteriormente pela Reuters, a disputa para o comando da PGR estava principalmente entre os subprocuradores-gerais da República Paulo Gonet, atual vice-procurador-geral eleitoral, e Antonio Carlos Bigonha, ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores (ANPR).

A indicação dos procuradores-gerais tem sido uma das principais escolhas feitas pelos presidentes da República nas duas últimas décadas. Cabe ao chefe do Ministério Público Federal realizar investigações criminais contra o próprio presidente, deputados e senadores, além de questionar atos do governo perante o Supremo.

As gestões federais petistas passadas foram alvo de várias investigações de escolhidos pelo próprio Lula e pela ex-presidente Dilma Rousseff.

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