As ações da JBS (JBSS3) forma as escolhidas pelo Bradesco BBI como a preferência no setor de proteínas na Bolsa brasileira, mostra um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (8), que conta ainda com a análise para os papeis da BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3).
Os analistas Henrique Brustolin e José Ricardo Rosalen observam que a JBS é negociada com um “desconto injustificado” de 7% em relação ao múltiplo de valor da empresa sobre o Ebitda (EV/Ebitda) médio do setor em 2025, além de um desconto de 39% no múltiplo de preço sobre o lucro (P/L) esperado para 2025.
Além disso, eles estimam um aumento de 10% no Ebitda esperado pelo consenso para 2024. A recomendação é de compra, com o preço-alvo elevado de R$ 35 para R$ 43, implicando em um potencial de valorização de 38%.
BRF
Sobre a BRF, o desempenho recente destaca o ciclo favorável para o setor avícola e “um impressionante processo de recuperação”. O Bradesco BBI está 11% acima da estimativa de consenso para o Ebitda de 2024, o que indica que a dinâmica dos lucros está claramente a favor da empresa.
“No entanto, à medida que os ventos favoráveis do ciclo eventualmente diminuírem, a falta de visibilidade sobre onde as margens de longo prazo se estabilizarão, nos impede de adotar uma visão mais otimista sobre as ações após um desempenho de mais de 143% nos últimos 12 meses”, explicam Brustolin e Rosalen.
Com isso, a recomendação foi cortada para neutra, com o preço-alvo estabelecido em R$ 22.
Marfrig
Quanto à Marfrig, o Bradesco BBI ressalta que ela se beneficiou do desempenho mais forte das ações da BRF, na qual tem participação.
“No entanto, acreditamos que as margens da carne bovina nos EUA continuarão sob pressão, resultando em múltiplos mais elevados pelo menos até 2026”, dizem.
A recomendação continua em neutra, com um novo preço-alvo de R$ 15,00 (de R$ 18,00) por ação para o final de 2025.
Minerva
Já a tese da empresa está relacionada ao processo de integração após a aquisição dos ativos da Marfrig na América Latina.
“Embora o upside possa ser relevante, a visibilidade sobre o ritmo de desalavancagem permanece bastante baixo”, opinam os analistas.
O novo preço-alvo foi derrubado de R$ 16 para R$ 8, com o objetivo para o final de 2025.