O Itaú BBA divulgou uma análise aprofundada sobre as ações da Cyrela (CYRE3), após um encontro com o CFO Miguel Mickelberg e o diretor de Relações com Investidores Iuri Zanutto.
O banco destacou os diferenciais da companhia, baseados em uma combinação única de escala e controle, que contribuem para a estabilidade e a eficiência de longo prazo da construtora.
Segundo os executivos, o modelo de governança robusto e uma cultura disciplinada são pilares que sustentam a trajetória de sucesso da empresa.
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A análise evidenciou a capacidade da Cyrela de utilizar sua escala para manter uma equipe de liderança experiente, desenvolver a maior força de vendas de São Paulo, executar projetos emblemáticos e acessar financiamentos com os menores custos do setor.
Além disso, os representantes ressaltaram os pontos fortes em design de produtos e na capacidade de atração e retenção de talentos, fatores que solidificam sua posição no mercado imobiliário.
Veja o que o Itaú BBA disse sobre a Cyrela
• Equipe de liderança formada internamente. A Cyrela promove seus executivos a partir de posições internas, com todos os líderes tendo iniciado em cargos diferentes na companhia. “Essa prática é crucial para manter e reforçar a cultura da empresa a longo prazo”, afirmou Mickelberg.
• Modelo de remuneração inovador. Os executivos são compensados com base na lucratividade dos projetos entregues, o que, segundo Mickelberg, incentiva a colaboração entre áreas e o foco no desempenho global dos projetos, embora reduza a sensibilidade aos preços das ações.
• Maior força de vendas de São Paulo. Com uma equipe de vendas mais que o dobro do tamanho do segundo colocado, a empresa se destaca pela capacidade de atrair corretores de alto nível devido a um pipeline consistente de projetos de alta qualidade.
• Excelência em design de produtos. Mickelberg destacou a contribuição de Efraim Horn, co-CEO, na melhoria contínua dos projetos, que têm resultado em preços de venda acima do esperado. A escala da empresa permite colaborações com arquitetos internacionais e marcas renomadas.
• Complementaridade entre os co-CEOs. Desde 2014, Raphael e Efraim Horn compartilham a liderança, com Raphael focado nas finanças e Efraim no design de produtos e na área comercial. Esse modelo oferece maior autonomia para os gestores, diferencial em relação a outras empresas do setor.
• Perspectivas para 2025. Apesar de prever o lançamento de R$ 9,5 bilhões em projetos, a Cyrela reconhece a incerteza quanto às vendas. A empresa identificou terrenos atrativos, mas evita mantê-los sem lançamentos, priorizando a flexibilidade para ajustes de tamanho conforme necessário.
• Cenário de crédito imobiliário. A alta nas taxas de financiamento imposta pelos bancos desde o final de 2023 é vista como um risco para o mercado. A Cyrela considera revisar suas análises de crédito para reduzir cancelamentos em meio ao cenário de juros elevados.
• Operação Vivaz. A empresa mantém confiança no retorno sobre o patrimônio líquido da operação, apesar das preocupações com o INCC, projetado entre 6% e 6,5%. Os lançamentos recentes apresentam margens brutas de 32% a 34%, com expectativa de aumento no número de obras em 2025.