A análise do BTG Pactual (BPAC11) sobre os resultados da Intelbras (INTB3), divulgada nesta sexta-feira (17), aponta para um trimestre razoável, com previsão de crescimento de receita e margens estáveis, mesmo em um cenário de pressão cambial.
Segundo os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi, Bruno Henriques e Guilherme Guttilla, a empresa deve apresentar um aumento consolidado de receita de 11,4% na comparação anual e 4% em relação ao trimestre anterior.
As margens devem ser ligeiramente impactadas, mas compensadas pela diluição de despesas.
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Apesar de preocupações sobre a dinâmica de margens, “na verdade, modelamos margens praticamente estáveis trimestre a trimestre”, destacaram os analistas.
Com forte crescimento em segmentos como Segurança e Comunicações, as expectativas permanecem positivas, consolidando a Intelbras como um player relevante no mercado.
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• Crescimento em Segurança Os analistas projetam um crescimento anual de 16,5% na receita do segmento de Segurança, com alta trimestral de 4%. Este desempenho reflete a continuidade de uma demanda sólida no setor.
• Expansão em Comunicações A divisão de Comunicações também deve apresentar resultados expressivos, com receita de R$ 298 milhões (+20,5% a/a e +4,5% t/t), impulsionada por parcerias que ganham trâo.
• Desafios em Energia No segmento de Energia, as receitas devem crescer 4% t/t, alcançando R$ 297 milhões, embora apresentem uma retração de 5,5% na comparação anual devido a uma base de comparação elevada.
• Receita consolidada De forma geral, a receita consolidada deve crescer 11,4% na comparação anual e 4% t/t, excluindo um efeito positivo pontual registrado no 4T23.
• Margens pressionadas Embora a margem bruta consolidada deva apresentar uma leve queda para 29,1%, a diluição das despesas deve mitigar esse impacto, mantendo a margem EBITDA em 12,2%, similar ao trimestre anterior.
• Impactos do câmbio O lucro líquido projetado é de R$ 121 milhões, com impacto negativo do câmbio sobre os resultados financeiros. “Sentimos que alguns investidores estão apreensivos quanto à dinâmica de margens, mas não acreditamos que a contração será significativa”, afirmaram os analistas.
• Conclusão O BTG Pactual reforça uma perspectiva construtiva para a Intelbras, destacando sua capacidade de entregar crescimento em um cenário desafiador. “Com o crescimento de receitas, a diluição das despesas deve compensar a leve queda na margem bruta”, concluem os analistas. O desempenho previsto deve fortalecer a confiança do mercado na empresa.