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Quantidade x qualidade: mais nem sempre é o melhor

por Renato De Vuono
3 min leitura
Quantidade x qualidade: o mais nem sempre é o melhor

Olá, tudo bem? Semana de feriadão, cabeça cheia de planos ou frustrações por ter de “voltar a realidade”?

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Espero que a primeira opção! Pois a realidade é um conjunto de tudo, a parte “ruim” anda sempre de mãos dadas com a boa, por isso, que tal fazer tudo ficar de acordo?

É natural, sobretudo quando se está no meio financeiro, falar sempre do “quanto mais, melhor”. Porém, nem tudo o que reluz é ouro e, nem sempre mais é melhor. Aliás, já ouviu aquela frase: “menos é mais”?

Recentemente escrevi um texto sobre “querer sempre mais“, onde o tema é “estar satisfeito com a vida e eventualmente, acomodar-se”. Aqui o tema é semelhante, mas irei em outra direção: quantidade versus qualidade.

Antes de mais nada

Não há certo ou errado. O que você vai ler aqui é minha modesta opinião, e as coisas que aplico em minha vida. Se fizer sentido para você, ótimo! Se não fizer, com certeza algum aprendizado vai emergir no final; sempre emerge!

Por isso, cuidado com quem tenta te convencer de “verdades absolutas”. Bullshit! Einstein já provou (na prática), que tudo é relativo. Imagine: a física, que em tese é uma ciência exata, provando a teoria da relatividade.

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Então, fuja desses caras! Fórmula para a riqueza? Trabalho (muito) e dedicação. Não-sei-quantos-passos para ser um guru da internet? Se fosse fácil assim, ou se o cabra soubesse realmente a fórmula, ele não ia vendê-la tão barato.

O único “certo ou errado” que vale é o seu: faz sentido para você ou não faz, e acabou.

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Cada momento é único: faça o máximo de cada um deles

Um dia, num café com um amigo, comentei dessas salas de cinema “vip” que chegaram recentemente em minha cidade. Nem terminei a frase e levei um: “caro bagarai, não vou nem a pau!”.

Tentei argumentar, dizendo que a experiência é realmente bacana e novamente fui interrompido: “cara, pelo valor de um ingresso, vou umas 3 vezes no cinema normal, que já está muito bom”!

Bom, do ponto de vista dele, ele tem razão. Eu, por outro lado, já não posso ir tantas vezes ao cinema. Aliás, ir ao cinema, tendo dois filhos pequenos, tem sido um desafio logístico calculado meticulosamente.

Assim, eu prefiro aproveitar ao máximo as oportunidades que a vida me dá, do que fracioná-las em experiências menos singulares.

Eu não troco o hoje por amanhã, e tampouco assistir um bom filme em um ótimo cinema, por vários filmes medianos em um cinema “normal”.

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Esforço e recompensa, escolhas e renúncias

O cinema é apenas metafórico para dizer que: minha satisfação não está a venda. E acredite: sempre fui assim. Enquanto meus amigos iam para a praia todo santo feriado, eu guardava dinheiro e viajava para o exterior. E ainda, tinha que ouvir da galera: “mas você é rico”!

Todo mundo olha “as pingas, mas ninguém vê os tombos”. Sempre falo de esforço e recompensa, não é? Quanto maior o esforço, mais recompensado somos. Mas, como só enxergam o que querem, nos julgam sem qualquer critério.

Certa vez, numa dessas conversas que fui chamado de “rico” por viajar. A frase veio de um colega que usava um relógio de R$ 5 mil (sem nenhum exagero) e tinha uma bicicleta, que ficava parada na garagem (pois tinha medo de ser roubado), que custava mais de R$ 10 mil.

Eu apenas apontei para o relógio dele e disse: “cada escolha uma renúncia”, e mostrei meu pulso que não via um relógio desde que eu perdi meu Casio que ganhei aos 15 anos. E aí ele falou: “não troco algo real (como um relógio) por algo que acaba (como a viagem)”.

Eu apenas sorri e falei: “então, aí está”.

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Conclusão

Caímos mais uma vez na questão de “viver para si ou para os outros”; de usar seu dinheiro da forma que convém a você e não ao público. Acredite, caro leitor ou leitora, a maioria absoluta de nós ainda está preso em tais amarras mentais.

É importante que pare de viver no “automático” e passe a questionar mais os “por quês”. Ter uma dívida de 30 anos para ter a casa própria não é para você? Então não faça! Ou, o contrário é verdadeiro? Faça!

O importante é estar em paz com suas decisões e com o destino que dá para o seu dinheiro. E, mais ainda, é estar pronto para as consequências que isso pode trazer, sejam as positivas ou as negativas. Acredite, elas sempre vem de mãos dadas (escolhas e renúncias).

O “segredo” é escolher bem para que as positivas compensem as negativas. Trazendo para nosso mundo financeiro, o retorno seja superior ao risco.

Não se esqueça: não tem certo ou errado. Errado é fazer o que não se quer. Vida plena e próspera, caro leitor! Até breve!

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