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Quem atacou hospital de Gaza? Veja as versões de Israel, Hamas e Hezbollah

A explosão representa o incidente isolado mais sangrento desde que Israel lançou uma implacável campanha de bombardeios contra Gaza

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Ferido recebe assistência no hospital Shifa depois de ataque aéreo no hopistal Al-Ahli, que fica próximo

Cerca de 500 palestinos foram mortos em uma explosão em um hospital de Gaza nesta terça-feira, que as autoridades de saúde palestinas disseram ter sido causada por um ataque aéreo israelense, mas que os militares israelenses atribuíram ao lançamento fracassado de um foguete por um grupo militante palestino.

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A explosão representa o incidente isolado mais sangrento desde que Israel lançou uma implacável campanha de bombardeios contra Gaza em retaliação a um ataque mortal do Hamas a comunidades do sul de Israel em 7 de outubro.

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Também aconteceu na véspera de uma visita a Israel do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para mostrar apoio ao país na guerra contra o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Pessoas são transferidas após hospital na Faixa de Gaza ser atingido por ataque aéreo
Pessoas são transferidas após hospital na Faixa de Gaza ser atingido por ataque aéreo (Imagem: REUTERS/Mohammed Al-Masri)

Israel: “A Jihad Islâmica é responsável pelo lançamento”

Os militares israelenses negaram a responsabilidade pela explosão no hospital Al-Ahli al-Arabi, na Cidade de Gaza, sugerindo que o hospital foi atingido por um lançamento fracassado de foguete pelo grupo militante palestino Jihad Islâmica a partir do enclave.

“Uma análise dos sistemas operacionais das IDF indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas em Gaza, passando nas proximidades do hospital Al Ahli em Gaza no momento em que foi atingido”, disse Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, em inglês) em comunicado.

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Um vídeo do ataque foi publicado pela Al Jazeera e repostado pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel.

O “X” oficial de Israel chegou a publicar um vídeo anteriormente, em que mostrava o que poderiam ser imagens com provas do lançamento. Momentos após, contudo, as removeu.

Hamas: “Washington deu cobertura a Israel”

Segundo o Hamas, os EUA os são responsáveis ​​pelo ataque, disse o líder palestino do Hamas Ismail Haniyeh, em um discurso televisionado na noite desta terça-feira (horário local), enfatizando que Washington deu a Israel “a cobertura para sua agressão.”

“O massacre no hospital confirma a brutalidade do inimigo e a extensão do seu sentimento de derrota”, disse, acrescentando que o ataque será “um novo ponto de virada”.

Haniyeh apelou a todo o povo palestino “para sair e enfrentar a ocupação e os colonos”. Ele também apelou a todos os árabes e muçulmanos para organizarem protestos contra Israel.

Hezbollah: “Um dia de ira sem precedentes contra o inimigo e os seus crimes”

Hezbollah denunciou o que disse ser um ataque mortal de Israel a um hospital de Gaza que matou centenas de palestinos, prometendo para quarta-feira “um dia de ira sem precedentes” contra Israel e a visita do presidente dos EUA, Joe Biden ao país, de acordo com um comunicado divulgado pelo grupo libanês na noite de terça-feira (horário local).

“O ataque revela a verdadeira face criminosa desta entidade e do seu patrocinador… os Estados Unidos, com a responsabilidade direta e total por este massacre”, diz o comunicado.

Integrantes do Hezbollah marcham em Beirute
Integrantes do Hezbollah marcham em Beirute (Imagem: REUTERS/Aziz Taher)

Declaração emitida pelo Hezbollah:

Massacre no Hospital Batista. Que amanhã, quarta-feira, seja um dia de ira

A humanidade lamenta o crime horrível e brutal cometido pelos assassinos sionistas e pelas gangues criminosas no Hospital Batista em Gaza, que ceifou a vida de centenas de mártires inocentes.

Este massacre é uma continuação dos massacres que o precederam desde o estabelecimento desta entidade criminosa e usurpadora em Deir Yassin, Hula, Sabra e Shatila, até aos massacres de Qana e outros ao longo dos anos da odiosa ocupação, que revelar a verdadeira face criminosa desta entidade e do seu patrono, Satanás, e o maior criminoso.

Os Estados Unidos da América têm responsabilidade direta e total por este massacre e por todos os crimes cometidos pelo inimigo sionista.

Todas as declarações de condenação e denúncia já não são suficientes, e apelamos aos povos da nossa nação árabe e islâmica para tomarem medidas imediatas nas ruas e praças para expressarem uma raiva intensa e exercerem pressão sobre os governos e estados onde quer que estejam e sobre os governos internacionais e organizações regionais a tomarem medidas imediatas contra os massacres e o genocídio do povo palestiniano, dos oprimidos e a implementação do deslocamento forçado sob o peso dos massacres, do terrorismo e dos assassínios. ‏

Que amanhã, quarta-feira, seja um dia de ira sem precedentes contra o inimigo e os seus crimes, e contra a visita de Biden à entidade sionista para cobrir e proteger esta entidade criminosa, e fique clara a mensagem de que este é um dia que vem depois dele. O caminho da resistência, da vitória e da retaliação dos oprimidos contra o opressor.

(Com Reuters)

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