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Quem lida bem com a volatilidade vai mais longe (e melhor)

por Luiz Fernando Roxo
3 min leitura
Quem lida bem com a volatilidade vai mais longe (e melhor)

Volatilidade é a raiz da variância com tratamento log normal. O que significa isso? Para a maioria das pessoas, não significa nada, mas para mim é algo muito importante. Na verdade, é o meu ganha pão.

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Trabalho com finanças desde novo e especificamente com um tipo de mercado onde esta medida é usada todos os dias para definição de preços, limites de risco e um número enorme de outras coisas.

Sempre fui da área de humanas e levei anos para entender como calcular e usar a volatilidade, não porque seja tão difícil assim, as contas são até meio fáceis, mas isso não era bem a “minha praia”.

Com o tempo e a repetição, dá para aprender qualquer coisa e hoje eu ajudo as pessoas a entender melhor esses conceitos e as suas práticas (clique aqui para conhecer um projeto educacional que ajudei a criar).

O que fazemos nada mais é do que pegar o preço de um ativo, vamos imaginar, as ações da Petrobras, e registrar quanto ela estava custando no final do dia; vamos guardando esta informação do preço durante algum tempo, aí temos algo que chamamos de série histórica.

Esta série nada mais é que uma tabela com duas colunas, data e preço, e várias linhas que são os dias; aí executamos alguns cálculos (que o computador já sabe fazer sozinho) e descobrimos o quanto as ações da empresa variaram em média nesse período.

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Pronto, achamos a volatilidade, uma espécie de maneira de medir o risco da empresa e a incerteza dos investidores quanto ao seu futuro.

Então a gente compara essa medida com a volatilidade de outras empresas: teoricamente, a que teve a maior volatilidade é a mais ariscada. Também comparamos com a da própria empresa em outros períodos, para ver a evolução do seu risco.

Portanto, a volatilidade é uma ferramenta teórica para medir variações de preços e, assim, riscos e oportunidades. No nosso dia a dia, fazemos intuitivamente este tipo de conta com bastante frequência quando comparamos coisas diferentes ou a mesma coisa em tempos diferentes.

Usamos a volatilidade para medir variações do peso e quantidade de comida, do humor das pessoas, de distancias e tempo gasto. A verdade é que medimos e comparamos muitas coisas para viver.

Não sei a sua, mas a minha vida foi cheia de altos e baixos. Já cheguei a achar que estava rico para no mês seguinte descobrir que na verdade estava pobre. Até os trinta anos já havia mudado de casa quase 20 vezes e meu peso variou entre 70 e 90 quilos por mais de 20 anos.

Hoje eu tenho as contas mais em ordem, vivo no mesmo lugar há 7 anos (um recorde) e meu peso tem variado de 74 a 78 quilos já faz tempo. Ufa, a experiência de vida nos ajuda a ser mais equilibrados, no começo do casamento brigamos por nada, depois vamos aprendendo.

O que tudo isso tem a ver com volatilidade? Tudo, afinal aprendendo com a vida nós vamos diminuindo a volatilidade na direção dos nossos objetivos fundamentais (estabilidade e prosperidade) e buscando mais segurança.

Quando alcançamos a estabilidade, passamos a focar nossos esforços, nossos cinco recursos (saiba mais sobre eles clicando aqui) nas coisas mais importantes, que são fazer as coisas que gostamos com as pessoas que amamos.

Quando estamos mais estáveis, também ficamos mais preparados para enfrentar os verdadeiros problemas da vida, que são os problemas de saúde. Então, além de sermos ricos temos também que ter equilíbrio, conseguir diminuir as variações físicas e emocionais. Temos que administrar a volatilidade sempre, percebeu?

Para isso, temos que observar e medir nossos números e fazer planos reais de melhora e diminuição das variações. A mesma energia que usamos para equilibrar os pratos, para apagar os incêndios será usada ao longo da vida, para tudo!

É como se pegássemos um gráfico apontando levemente para cima, mas cheio de variações estonteantes no caminho e esticássemos a sua ponta. É como se pudéssemos puxar aquele último ponto no final do gráfico.

O gráfico fica bem maior e chega bem mais longe, ficando muito mais interessante em relação ao clássico gráfico “sobe-desce” (ou ziguezague), sem sentido e perspectiva. Assim, administrando a volatilidade, temos mais chance de prosperar e realizar nossos sonhos. Sempre foi assim e sempre será.

Foto “Happy life”, Shutterstock.

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