A Raízen (RAIZ4) reportou nesta segunda-feira que elevou em 13,6% a moagem de cana no segundo trimestre da safra 2023/24, para 37,5 milhões de toneladas, beneficiada por um clima favorável e maiores produtividades, enquanto voltou ao lucro no período.
Com um “mix” de produção mais açucareiro, a maior produtora global de açúcar e etanol de cana aumentou em 20,9% a produção do adoçante, para 2,95 milhões de toneladas. Já a fabricação de etanol de primeira geração avançou 1,9%, para 1,4 bilhão de litros.
A companhia ainda reafirmou seu guidance dizendo que a moagem de cana avançou “em ritmo acelerado, devendo atingir, no mínimo, 80 milhões de toneladas de cana”.
“O mix denota a otimização de produção do açúcar dado ciclo favorável de mercado e rentabilidade superior” em relação ao etanol, destacou a Raízen, citando também uma recuperação na produtividade.
O volume de vendas de açúcar, contudo, caiu 4,8% para 3,27 milhões de toneladas, em linha com a estratégia de comercialização.
O mesmo aconteceu com as vendas de etanol pelas usinas da companhia, que recuaram 3,2%, para 1,4 bilhão de litros.
Segundo a Raízen, a estratégia para a safra está ajustada com o posicionamento de estoques para venda futura e coerente com cenário de preços, depreciado em função da maior oferta do mercado de etanol de cana e de milho no período.
“Ao mantermos estoques mais elevados, nos posicionamos para um potencial melhor ambiente de preços, alavancado pela diferenciação via novas geografias e novas aplicações”.
Distribuição
A Raízen, também uma das maiores distribuidoras de combustíveis do Brasil, reportou vendas dessa unidade de 9,18 bilhão de litros, incluindo gasolina, diesel, etanol, combustíveis de aviação, entre outros, alta de 0,9% na comparação anual.
A empresa destacou que obteve “melhores margens, mesmo quando ajustado pelos efeitos dos preços no inventário, denotando que o mercado de combustíveis no Brasil pode operar com melhor rentabilidade”.
Volta ao Lucro
A Raízen reportou lucro líquido de 28,4 milhões de reais no trimestre entre julho e setembro, versus prejuízo de 933,5 milhões de reis no mesmo período da safra passada.
Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 3,7 bilhões de reais, crescimento de 35,2% na mesma comparação.