A Raízen (RAIZ4) teve aproximadamente 1,8 milhão de toneladas de cana própria e de fornecedores afetadas pelas queimadas que atingem o Estado de São Paulo, informou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (26).
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Segundo a empresa, o montante é o equivalente a 2% do total previsto na safra 2024/25, com base no piso da premissa de moagem total, conforme o projetado em 13 de maio de 2024, de entre 82 e 85 milhões de toneladas.
“De forma a mitigar os efeitos adversos, a companhia está priorizando a moagem da cana-de-açúcar afetada. Com essa medida, esperamos que as perdas e impactos em nossos resultados sejam imateriais”, mostra a nota assinada por Carlos Alberto Bezerra de Moura, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores.
A empresa disse possuir uma das maiores e mais bem equipadas estruturas de brigadistas e monitoramento de incêndios do país, e em colaboração às autoridades locais, outras usinas, fornecedores de cana e comunidades envolvidas, proporcionaram, neste momento, o controle de todos os focos de incêndio em áreas da empresa, estendendo essa assistência também aos fornecedores.
“A companhia destaca que, desde a sua formação, a queima de cana como método de colheita foi proibida. Todas as operações são 100% mecanizadas, e a companhia é signatária do Protocolo Agroambiental – Etanol Mais Verde, reafirmando seu compromisso com a preservação do meio ambiente”, pontua.
A concorrente São Martinho (SMTO3) também disse hoje que foi afetada pelas queimadas e que precisará investir R$ 70 milhões em investimentos complementares em “tratos culturais” em relação ao estimado anteriormente na safra 2024/2025 para compensar os efeitos.
Queimadas
Entre sexta-feira e sábado, mais de 2,1 mil focos de incêndio foram registrados em São Paulo. O governo de São Paulo estima que cerca de cinco mil propriedades rurais em quase 200 municípios foram afetados pelos incêndios. O prejuízo preliminar ao agronegócio paulista calculado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado é de R$ 1 bilhão.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou, no domingo, a prisão de três suspeitos de atear fogo em áreas rurais da região – um em São José do Rio Preto, outro em Porto Ferreira e um terceiro em Batatais.
Na segunda-feira, ele disse que o Estado “não vai tolerar” delitos desse tipo, ao citar o caso de um detido em Batatais, que estava com um galão de gasolina e disse pertencer a uma facção. Tarcísio, porém, afirma não ver indícios de ação coordenada.
A Polícia Civil diz estar mobilizada para investigar todas as ocorrências de incêndio criminoso no Estado.
(Com Estadão Conteúdo)