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Raízen, Vibra ou Ultrapar: qual ação será melhor no 2º trimestre?

Uma preocupação apontada na análise do BTG é a perda de participação de mercado pelas principais empresas do setor

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Posto de combustível, gasolina, Raízen, Vibra, Ultrapar

O BTG Pactual destaca que todos os três principais players do setor de distribuição de combustíveis, Raízen (RAIZ4), Vibra (VBBR3) e Ultrapar (UGPA3), devem reportar margens estáveis em relação ao trimestre anterior, o que é considerado um sinal positivo. Segundo Pedro Soares, Thiago Duarte e Bruno Lima, este desempenho é notável, considerando especialmente os desafios enfrentados pelo setor nos últimos meses, como a importação de diesel russo e as complexidades fiscais.

Uma preocupação apontada na análise é a perda de participação de mercado pelas principais empresas do setor. “A compensação foi uma perda de participação de mercado durante este período, com os pequenos distribuidores de combustíveis ganhando 3 pontos percentuais nos mercados ciclo Otto + diesel.” Isso levanta uma bandeira amarela em termos de criação de valor sustentável a longo prazo para as três.

Vibra

A análise do BTG Pactual enfatiza a necessidade de Vibra reverter a tendência de perda de participação de mercado de forma sustentável. “Continuamos preocupados com a perda de participação de mercado da Vibra e esperamos ouvir sobre as expectativas da administração para reverter esta tendência.” A empresa está negociando a múltiplos mais baratos do que seus pares, o que pode ser atraente para os investidores.

“Um mercado de combustíveis mais restritivo poderá ser exatamente o que os maiores operadores precisam para proporcionar uma combinação de ROIC forte e uma participação de mercado estável.” Isso sugere uma perspectiva otimista para o futuro, desde que as empresas consigam se adaptar às novas condições do mercado.

Os analistas também mencionam a importância de resolver as distorções fiscais e as importações através do estado do Amapá, que impactaram o desempenho no início do trimestre. Essas resoluções são cruciais para manter a estabilidade e o crescimento das margens.

A administração apresentou um cenário desafiador no primeiro trimestre, mas os analistas do BTG Pactual acreditam que o segundo trimestre mostrará uma melhoria progressiva. “Acreditamos que a tendência no segundo trimestre é invertida, com maio apresentando resultados melhores que abril, e junho superando maio.” As expectativas são de uma margem EBITDA de R$ 155/m³ e uma receita líquida de R$ 41,5 bilhões, além de um lucro líquido de R$ 482 milhões.

Ultrapar

Em relação à Ultrapar, a expectativa é que a Ipiranga se beneficie das mesmas tendências positivas observadas para a Vibra. “A margem nominal do Ipiranga, inferior à de seus pares, não deve ser confundida com desempenho inferior, ao ser impulsionada pelo maior mix de vendas B2C e pela falta de combustível de aviação.” A projeção é de uma margem EBITDA de R$ 145/m³, com uma receita líquida consolidada de R$ 30,9 bilhões e um lucro de R$ 438 milhões.

Os analistas preveem poucas surpresas, com a Ultracargo entregando resultados sólidos, embora ligeiramente abaixo do trimestre anterior devido a um mix mais fraco. “Ultracargo, que deverá entregar EBITDA e margem de R$ 160 milhões e 61%, respectivamente, ligeiramente abaixo t/t devido a um mix mais fraco.” Isso indica uma estabilidade geral na performance da empresa.

Os analistas do BTG Pactual veem um potencial de crescimento nas margens da Ultragaz, embora de forma mais gradual. “O segmento granel mais lucrativo deva crescer 0,8% a/a. Projetamos uma margem de R$ 920/t, que, embora ainda sólida, seria o menor nível em um ano.” Isso sugere um crescimento constante, embora em um ritmo mais lento.

Raízen

Os analistas do BTG Pactual veem a Raízen em um caminho promissor, apesar de algumas dificuldades no início do ano. “Vemos a empresa no caminho certo para cumprir seu guidance anual.” A expectativa é de um EBITDA ex-IFRS16 de R$ 2,9 bilhões, um aumento significativo em relação ao ano anterior, impulsionado por melhores margens de combustível no Brasil.

Para Raízen, a decisão de manter estoques anuais maiores pode resultar em uma queima significativa de caixa no trimestre. “A decisão de manter estoques anuais 38% maiores em meio a um forte início da temporada de moagem provavelmente resultará em uma queima significativa de caixa para o trimestre.” Isso pode impactar a liquidez da empresa a curto prazo, mas pode ser uma estratégia para melhorar os resultados futuros.

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