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Reabertura de fábrica no Paraná reduzirá importação de fertilizantes

No presente momento, a companhia está desenvolvendo análises para definição das melhores alternativas de execução de sua estratégia no setor de fertilizantes

por Agência Brasil
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A intenção é buscar um processo de reabertura da fábrica e readmissão dos empregados demitidos (Imagem: Pixabay)

A reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e a conclusão das obras da Fafen Mato Grosso do Sul (Fafen-MS) poderão reduzir pela metade a importação desses insumos feita atualmente pelo Brasil, da ordem de 80%.

A avaliação foi feita nesta terça-feira (18) pelo coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. A FUP passou a integrar o grupo de trabalho (GT) criado pela Petrobras para discutir a reabertura da Fafen-PR.

Bacelar disse à Agência Brasil que a expectativa da FUP, com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, era de retomada da produção de fertilizantes nitrogenados pela Petrobras. “Isso estava no programa de governo dele, que a gente ajudou a construir, no capítulo de energia”, lembrou. Com o resultado eleitoral e as mudanças na gestão da Petrobras, “conseguimos emplacar a nossa participação nesse grupo de trabalho que vai discutir o tema de fertilizantes no país”, acrescentou Bacelar.

Inicialmente, haverá discussão sobre a Araucária Nitrogenados (Ansa), que é a Fafen do Paraná, que está fechada desde março de 2020, tendo demitido 400 trabalhadores próprios e cerca de 600 terceirizados. A intenção é buscar um processo de reabertura da fábrica e readmissão dos empregados demitidos.

Nordeste

“A ideia é que o GT não discuta apenas a questão da Fafen-PR e da Fafen-MS, que está com 87% de avanço nas obras, mas também a retomada das fábricas da Bahia e de Sergipe que, hoje, estão arrendadas para o grupo Unigel”, informou Deyvid Bacelar. “Acreditamos que teremos êxito no processo inteiro.”

Embora a Petrobras tenha estipulado prazo de 90 dias para apresentação de um cronograma pelo GT, Bacelar disse que o prazo poderá ser reduzido. “Ou que durante os trabalhos do GT, já tenhamos ações sendo colocadas em prática, e que não se necessite, por exemplo, de esperar 90 dias para ‘desibernar’ a fábrica do Paraná e que ela retome a manutenção dos equipamentos que estão lá, parados há mais de três anos.”

Incluindo a reabertura da Fafen-PR, a conclusão da Fafen-MS e a retomada das fábricas da Bahia e de Sergipe, a expectativa é que a necessidade de importação de fertilizantes nitrogenados pelo Brasil caia para algo em torno de 10% a 15%. Além de reduzir a dependência de importações, a meta é ampliar a participação do Estado na produção nacional.

Além de Deyvid Bacelar, participam do GT Alberico Santos Queiroz Filho, diretor do Sindipetro Unificado, e Ademir Jacinto da Silva, diretor do Sindiquímica do Paraná. 

De acordo com os representantes da FUP, a unidade paranaense está em boas condições de preservação e tem capacidade para produzir 30 mil metros cúbicos de oxigênio por hora.

A Fafen-PR precisa apenas de manutenções, conforme as normas, e de inspeções gerais para garantir a segurança dos trabalhadores e da comunidade.

Petrobras

Em nota, a Petrobras informou à Agência Brasil que não há qualquer decisão da Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração em relação à reabertura da Araucária Nitrogenados, no Paraná, e à conclusão das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III, em Mato Grosso do Sul”.

“No presente momento, a companhia está desenvolvendo análises para definição das melhores alternativas de execução de sua estratégia no setor de fertilizantes, no âmbito do seu planejamento estratégico”.

A empresa disse ainda que “suas decisões são pautadas em análises criteriosas e estudos técnicos, em observância às práticas de governança e os procedimentos internos aplicáveis”.

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