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A regra dos opostos: Descubra como ela mexe com o seu bolso

por Conrado Navarro
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A regra dos opostos: Descubra como ela mexe com o seu bolso

Ben Graham, que dispensa apresentações para quem estuda o mínimo sobre investimentos, cunhou a “regra dos opostos”: quanto mais entusiasmados ficam os investidores com o mercado de ações no longo prazo, mais certamente estarão errados no curto prazo.

Muita gente repete que “no longo prazo, as ações sempre serão as melhores opções de investimento”, mas se esquece do mínimo a fazer hoje e daqui até esse tal longo prazo para sustentar tal afirmação e, principalmente, os frutos correspondentes.

O mínimo está aqui nestes três itens:

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1 – Analisar em detalhes a empresa, sua saúde financeira e seu mercado antes de comprar suas ações. Não se trata apenas de P/L baixo ou bons dividendos, que são indicadores importantes, mas que devem ser também comparados com o mercado e com concorrentes.

O mesmo vale para mais algumas questões: como tem sido o lucro nos últimos exercícios? Ela tem Valor Patrimonial positivo (mais ativos que passivos) e em que proporção? E a margem de segurança, quão alta é (maior que 20%)? O P/VPA (ágio) é baixo (menor que 50% ou 1,5 no indicador)?

Tem mais, muito mais, principalmente porque existem empresas cíclicas, de crescimento acelerado, utilities e por ai vai. Tem que saber porquê está comprando a ação e não vale o “porque vai subir” ;

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2 – Proteger sua família e seu patrimônio contra prejuízos graves e quedas prolongadas nos preços das ações escolhidas. Mais da metade do patrimônio em ações é algo recomendado apenas para quem tem muito patrimônio líquido e para profissionais. Reserva de emergência em renda fixa é fundamental. Agir como um investidor conservador é ser um investidor inteligente;

3 – Ajustar suas expectativas para retornos adequados, não incríveis. Você não vai “vencer o mercado” todo ano e nem tampouco acertará suas previsões sobre o futuro da bolsa (e da economia). Aceitar isso e fazer a lição de casa significa que você pode diversificar de forma a construir um patrimônio que ofereça retorno real (sempre!) interessante, mas adequado ao seu perfil e ao entorno.

Como benchmark, pense nos títulos públicos de longo prazo e suas taxas, e pare de usar o passado, principalmente períodos pinçados propositalmente, para defender a tese de que você fará enormes lucros na bolsa ao especular.

Se tudo isso parece conversa fiada para você, boa sorte na sua estratégia; se parece grego, dá tempo de aprender (ou você pode também escolher bons fundos de investimento e gestores que respeitam esta filosofia); se parece interessante, pode apostar, é muito interessante e recompensador financeira, psicológica e emocionalmente, porque investir pressupõe lidar com estas três searas.

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