A Renova Energia (RNEW11), que passa por um processo de recuperação judicial, anunciou um aumento de capital em uma operação estratégica que envolve a emissão de ações ordinárias para subscrição privada, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (25). Essa iniciativa será capitaneada pelo credor VC Energia II Fundo de Investimento em Participações, que se comprometeu a subscrever novas ações da companhia, para capitalizar créditos e fortalecer a estrutura financeira da empresa.
Em reunião do Conselho de Administração, realizada em 24 de outubro de 2024, foi aprovada a emissão de um mínimo de 485.185.185 e um máximo de 500.000.000 de novas ações ordinárias ao preço unitário de R$ 1,08, totalizando uma captação entre R$ 524 milhões e R$ 540 milhões. Esse valor foi calculado com base no preço médio ponderado por volume (VWAP) das ações da Renova na B3 nos 30 dias anteriores, com um pequeno deságio de 0,9%. Esse cálculo segue as diretrizes do artigo 170 da Lei das Sociedades por Ações, garantindo que o preço de emissão não dilua injustamente os acionistas existentes.
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A operação faz parte de um plano de reestruturação financeira da Renova e é um passo importante para reduzir o endividamento da companhia. O fundo VC Energia II detém créditos contra a Renova no valor de R$ 58,2 milhões, além de créditos adicionais, sujeitos a algumas condições contratuais, que somam R$ 469,9 milhões. Todos os créditos estão livres de ônus e garantias, e o fundo se comprometeu a capitalizá-los na forma de ações, contribuindo significativamente para a redução da dívida da empresa.
O aumento de capital visa à capitalização desses créditos, o que, segundo a Renova, não apenas aliviará o peso da dívida, mas também permitirá um fortalecimento estrutural da companhia, beneficiando acionistas, credores e demais interessados na recuperação da empresa. A operação é vista como uma medida estratégica para ajudar a Renova a superar a crise financeira e assegurar sua viabilidade de longo prazo.
Os atuais acionistas da Renova terão direito de preferência na subscrição das novas ações, incluindo os titulares de Units, conforme previsto no artigo 171 da Lei das Sociedades por Ações. No entanto, o período de exercício desse direito será definido apenas após a confirmação da titularidade dos créditos pelo fundo VC Energia II, em um novo aviso aos acionistas.
A companhia informou que, caso o aumento de capital não atinja o valor máximo, poderá homologar a operação parcialmente, desde que a subscrição alcance o valor mínimo estipulado. Essa flexibilidade permitirá que a Renova avance com a reestruturação mesmo sem captar a totalidade dos recursos inicialmente previstos.
Veja o documento da Renova