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Resposta do Mercosul à carta da UE ficará pronta em setembro, diz chanceler à bancada ruralista

"Esse acordo já era para ter saído. É benefício para os dois blocos", avaliou Medeiros

por Reuters
3 min leitura
O presidente da FPA relatou que a contraproposta do Mercosul incluirá metas atingíveis e considerou a carta da UE "inconcebível". (Imagem: Geraldo Magela/Agência Senado)

O Mercosul terá sua contraproposta pronta em setembro para responder ao adendo da União Europeia ao acordo comercial entre os dois blocos, disse nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em encontro com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

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Vieira explicou à bancada ruralista no Congresso que a resposta do Mercosul à chamada “side letter” enviada pela UE ao bloco sul-americano foi adiada devido à mudança de governo no Paraguai. A resposta da parte paraguaia estará pronta até 17 de setembro, informou o presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR).

No sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, durante visita a Angola, que a carta de resposta do Mercosul à União Europeia dirá que o bloco sul-americano não aceita ameaças. Ainda assim, Lula reiterou sua intenção de concluir o acordo comercial neste ano.

Os negociadores europeus aguardam uma resposta desde março. O adendo da UE inclui salvaguardas ambientais para atender às fortes reservas expressas por muitos países-membros da UE sobre o acordo em negociação há duas décadas.

O presidente da FPA relatou que a contraproposta do Mercosul incluirá metas atingíveis e considerou a carta da UE “inconcebível”.

“Seguir a orientação da União Europeia para a redução dos impactos ao nível que eles querem simplesmente inviabiliza a produção de alimentos no Brasil”, disse o deputado.

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Para Lupion, o Brasil deveria repensar seus laços comerciais com a UE, já que o mercado europeu responde por 16% das exportações brasileiras de alimentos, em comparação aos 38% da Ásia.

Outro integrante da bancada ruralista, o deputado José Medeiros (PL-MT), no entanto, disse à Reuters que as divergências sobre questões ambientais são secundárias e podem ser resolvidas.

“Esse acordo já era para ter saído. É benefício para os dois blocos”, avaliou Medeiros. “Espero que possamos chegar a um bom termo. Esse acordo é um ganha-ganha tanto para a UE quanto para o Mercosul”, acrescentou.

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