A Petrobras (PETR3; PETR4) está avaliando parcerias para reingressar no mercado de etanol, com foco na produção a partir de milho, em vez de cana-de-açúcar, informou a Broadcast nesta sexta-feira (3). O processo de análise deve se estender por todo o ano de 2025, com possíveis iniciativas concretas apenas a partir de 2026. Entre os potenciais parceiros estão grandes nomes do setor, como Inpasa e FS Bio, além de subsidiárias bioenergéticas de empresas de petróleo, como Raízen (RAIZ4) e BP Bunge Bioenergia.
Segundo o BTG Pactual, o movimento representa uma diversificação dos negócios da Petrobras, mas pode ser um uso subótimo de capital, dado o menor retorno sobre investimentos no setor de biocombustíveis em comparação às operações principais de óleo e gás.
O que BTG disse sobre a Petrobras?
• Diversificação com etanol de milho: O retorno ao mercado de etanol marca uma mudança estratégica, priorizando o milho em vez da tradicional cana-de-açúcar. “Esse movimento sinaliza o interesse da Petrobras em diversificar além do foco tradicional em upstream,” avaliou o BTG.
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• Parcerias e potenciais sinergias: A Petrobras está analisando a viabilidade financeira e operacional de grandes players do setor, como São Martinho (SMTO3) e Tereos Brasil, além de possíveis colaborações com Raízen e BP Bunge Bioenergia.
• Retornos inferiores ao core: Para o BTG, “o retorno sobre o capital investido em biocombustíveis é menor do que nas operações principais,” o que levanta questionamentos sobre a eficiência desse investimento.
• Impacto limitado em dividendos: O banco não espera que a diversificação impacte a política de dividendos da Petrobras, que segue robusta, sustentada pela forte geração de caixa.
• Posição de destaque na América Latina: Apesar da diversificação, a Petrobras permanece como uma das principais escolhas do BTG no segmento de óleo e gás na América Latina, destacando seu crescimento no E&P e dividendos atrativos.