Quando pensamos em investimentos, duas preocupações nos vêm à mente: qual o potencial de retorno e o qual risco do investimento?
Existe um ditado que diz que quanto maior o risco, maior o retorno. Apesar de não ser uma verdade absoluta, possui sentido lógico.
Mas você sabe o que é risco, e como diferenciar os diferentes tipos em cada alternativa de investimento?
Definição de Risco
Risco pode ser definido como o potencial de ocorrência de resultados inesperados. É a possibilidade do investimento não atingir o resultado esperado / desejado.
Os riscos podem ter diversas origens: decisões de negócios, decisões políticas, guerras, eventos climáticos, desastres naturais, entre outros.
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Tipos de riscos
Os riscos financeiros estão ligados a possíveis perdas relacionadas aos mercados financeiros. Sob o ponto de vista de investimentos, podemos citar três tipos de riscos principais:
- Risco de mercado,
- Risco de liquidez, e
- Risco de crédito.
Vamos detalhar cada um deles a seguir.
Risco de Mercado
O risco de mercado deriva das flutuações dos preços de mercado, que podem ocasionar perdas em um portfolio de investimentos.
Alguns dos preços que mais acompanhamos são:
- Taxas de juros (nacionais e internacionais).
- Taxas de câmbio (ex.: dólar e euro).
- Taxas de inflação (ex.: IPCA e IGPM).
- Preços das ações.
- Preços das commodities.
Exemplos:
1) O caso mais simples que podemos pensar é de uma carteira de investimentos que tem uma ação, cujo preço tenha sofrido uma variação negativa. Essa variação terá impacto negativo no valor da carteira.
2) Outro exemplo são as alterações nas taxas de juros no Brasil. Sempre que ocorre alta da taxa SELIC, o valor de mercado dos títulos pré-fixados do governo sofrem impacto negativo.
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Risco de Liquidez
O risco de liquidez ocorre diante da possibilidade de não se conseguir negociar um ativo sem afetar o preço do mesmo.
Em um investimento, esse risco pode ser manifestado pela baixa demanda do ativo: o detentor do ativo terá dificuldades para vendê-lo e provavelmente terá que reduzir o preço em uma negociação.
Exemplo:
Novamente, o exemplo mais simples que podemos dar é de uma ação. Se ela tiver baixíssima negociação na bolsa e existir a necessidade de vendê-la rapidamente, provavelmente será necessário reduzir significativamente o preço de venda para atrair um interessado.
Risco de Crédito
O risco de crédito tem origem na possibilidade da contraparte não honrar suas obrigações.
Exemplos:
1) Quando você aplica dinheiro em um CDB de um banco, está correndo o risco dele não realizar o pagamento do que foi combinado.
2) Ao aplicar dinheiro em títulos do Tesouro Nacional, também está correndo risco de crédito: dessa vez do governo (risco soberano).
Neste tipo de risco, conseguimos avaliar com facilidade a relação risco x retorno que comentamos no início do texto: o risco de crédito de um banco pequeno é maior que o risco de um banco grande.
Essa diferença de risco se reflete nas taxas de juros pagas, por exemplo, em um CDB: a taxa que o banco pequeno tem que pagar para atrair investidores é bem maior que o banco grande.
Para algumas modalidades de investimentos em bancos, existe o FGC, que garante valores de até R$ 250 mil por banco.
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Outros Riscos
Existem outros tipos de riscos, que não os financeiros, que também têm forte influência sobre os investimentos.
O risco político é um deles, pois o governo pode tomar medidas que geram impacto adverso nos investimentos, como alterar tributações ou mudar regulamentações estabelecidas.
Exemplo:
Em 2012, o governo alterou as regras para renovação das concessões de geradoras e de transmissoras de energia elétrica, que estavam expirando em 2015. Na época, essas alterações criaram muitas incertezas e volatilidade no valor de mercado dessas empresas, gerando impactos importantes nas estratégias de investimentos.
Agora que você conhece quais os tipos de riscos que podem estar associados aos investimentos, poderá avaliar com mais critérios suas próximas decisões financeiras, e até mesmo rever seu portifólio atual. Abraços!