A Rossi Residencial (RSID3) apresentou resultados mistos no segundo trimestre de 2024, em meio a seu processo de recuperação judicial. Os principais indicadores financeiros, como lucro, Ebitda e receita líquida, refletiram desafios significativos em comparação com o período homólogo.
O lucro bruto da companhia no segundo trimestre foi de R$ 1,3 milhão, uma queda de 54,8% em relação aos R$ 2,8 milhões registrados no ano anterior. A margem bruta também diminuiu substancialmente, caindo de 20% para 4,7%, refletindo a pressão sobre os custos e a menor eficiência operacional.
Por outro lado, a receita líquida da Rossi apresentou um aumento expressivo de 90,8%, alcançando R$ 26,9 milhões, em comparação com R$ 14,1 milhões no mesmo período do ano anterior. Esse crescimento se deu apesar da queda nas vendas líquidas e rescisões, que diminuíram 81,3% e 34,2%, respectivamente.
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No entanto, o Ebitda ajustado da Rossi permaneceu negativo em R$ 10,5 milhões, embora tenha havido uma melhora de 66,5% em relação ao Ebitda ajustado negativo de R$ 31,4 milhões no segundo trimestre de 2023. Essa recuperação parcial reflete os esforços da empresa para reduzir suas despesas operacionais e otimizar sua estrutura.
A margem Ebitda ajustada, embora ainda negativa, melhorou significativamente, passando de -222,5% para -39,1%. Essa melhoria foi impulsionada por uma combinação de redução de despesas e aumento de receita.
O prejuízo líquido da Rossi foi de R$ 28,9 milhões, uma melhora de 32,9% em relação ao prejuízo de R$ 43,1 milhões registrado no ano anteior. A margem líquida também apresentou uma recuperação, subindo de -306,2% para -107,7%.
As despesas operacionais totais da empresa foram reduzidas em 65% em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 12,4 milhões. A empresa destacou a redução de 9,6% nas despesas administrativas, que somaram R$ 3,6 milhões, e o aumento significativo nas despesas comerciais, que saltaram 451,1%, totalizando R$ 7,3 milhões.
O desempenho operacional da Rossi foi impactado pela queda nas vendas brutas, que totalizaram R$ 5,8 milhões, uma redução de 47,1% em relação ao ano passado. A VSO (Velocidade de Vendas) trimestral também caiu para 5,3%, uma queda de 1,8 p.p. em relação ao trimestre anterior.
A empresa continuou a enfrentar desafios significativos com seu estoque de unidades prontas, que representa 100% do estoque total, em regiões não estratégicas, o que corresponde a 49% do total. Esse fator limitou as oportunidades de geração de caixa e manteve a empresa focada na comercialização de unidades distratadas.
Apesar dos desafios, a Rossi conseguiu reduzir seu endividamento líquido em 4,1%, encerrando com R$ 291,8 milhões. A posição de caixa da empresa aumentou 116,2%, alcançando R$ 38,6 milhões no final do trimestre, proporcionando um alívio temporário para as obrigações financeiras.
Veja o resultado da Rossi