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Rússia defende decisão de convidar Hamas para ir a Moscou

A Rússia tem culpado repetidamente um fracasso da diplomacia dos EUA pela crise

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: REUTERS/Amir Cohen)

 A Rússia defendeu nesta sexta-feira sua decisão de convidar uma delegação do Hamas para ir a Moscou contra as fortes críticas israelenses, dizendo que é necessário manter contatos com todos os lados do conflito entre israelenses e palestinos.

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Israel, que prometeu exterminar o Hamas em retaliação ao ataque de 7 de outubro que matou 1.400 pessoas, descreveu a decisão como “deplorável” e pediu a Moscou que expulsasse a delegação.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a delegação do Hamas se reuniu com representantes do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, mas não com o presidente Vladimir Putin ou com autoridades do Kremlin.

“Consideramos necessário continuar nossos contatos com todas as partes e, é claro, continuaremos nosso diálogo com Israel”, afirmou ele aos repórteres.

A Rússia tem laços com todos os principais atores do Oriente Médio, incluindo Israel, Irã, Síria, Hamas e a Autoridade Palestina, apoiada pelo Ocidente, que exerce um governo autônomo limitado sob a ocupação militar israelense na Cisjordânia.

A Rússia tem culpado repetidamente um fracasso da diplomacia dos EUA pela crise.

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A embaixada da Rússia em Israel emitiu uma declaração na qual reiterou o apelo de Moscou por um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns mantidos pelo Hamas e a entrega de ajuda humanitária à população de Gaza, que Israel está bombardeando fortemente antes de uma invasão terrestre prevista. As autoridades de Gaza afirmam que mais de 7.000 palestinos foram mortos.

De acordo com o jornal russo Kommersant, um membro da delegação do Hamas em Moscou, Abu Hamid, disse que o grupo não poderia libertar nenhum refém até que um cessar-fogo fosse acordado.

Peskov descartou qualquer risco de a Rússia ser arrastada para o conflito depois que caças norte-americanos atacaram, na sexta-feira, instalações de armas e munições na Síria, em retaliação a ataques a forças norte-americanas por milícias apoiadas pelo Irã.

Mas ele acrescentou que os ataques dos EUA aumentariam ainda mais as tensões na região. “Isso é muito ruim”, disse ele.

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