O governo russo está pronto para flexibilizar a proibição das exportações de diesel nos próximos dias, informou o jornal Kommersant nesta quarta-feira, citando fontes não identificadas.
Separadamente, a agência de notícias TASS citou o ministro da Energia russo, Nikolai Shulginov, dizendo que o governo “em todos os níveis” estava discutindo a permissão parcial para as exportações de combustível.
Ele disse que outras decisões sobre a regulamentação do mercado de combustíveis seriam publicadas em um futuro próximo.
Apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do mundo, a Rússia sofreu escassez de gasolina e diesel nos últimos meses, pois os altos preços de exportação tornaram vantajoso para as refinarias vender seus produtos no exterior.
O Kommersant informou que a proibição seria suspensa apenas sobre as exportações de diesel por oleoduto e que os volumes podem estar sujeitos a cotas para evitar aumentos nos preços de atacado.
A proibição das exportações de gasolina permanecerá em vigor por enquanto, disse.
O diesel é o maior produto petrolífero exportado pela Rússia, com quase 35 milhões de toneladas no ano passado. O país exportou 4,8 milhões de toneladas de gasolina.
O jornal disse que o vice-primeiro-ministro Alexander Novak deve realizar uma reunião semanal na quarta-feira com as empresas petroleiras para discutir a possível flexibilização da proibição.
O gabinete de Novak não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Novak disse na semana passada que a Rússia pode introduzir cotas sobre as exportações de combustível se a proibição total de suprimentos transfronteiriços imposta em 21 de setembro não conseguir reduzir os altos preços da gasolina e do diesel.
As expectativas dos analistas em relação ao tempo em que as medidas estarão em vigor variam. O JP Morgan disse que as medidas poderiam durar algumas semanas até a conclusão da temporada de colheita em outubro, enquanto a FGE Energy disse que a reposição dos estoques de gasolina da Rússia poderia levar até dois meses.