A produção de soja do Brasil em 2023/24 deverá totalizar 148,6 milhões de toneladas, ajuste de apenas 0,32% na estimativa na comparação com o número previsto em fevereiro, de acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado divulgado nesta sexta-feira.
Com a colheita já tendo superado 50% da área plantada do país, a previsão indica uma redução de 5,8% sobre a safra da temporada anterior, que somou um recorde de 157,8 milhões de toneladas, segundo a Safras.
Foram feitos “ajustes finos” em produtividades médias esperadas para alguns Estados, mas sem grandes alterações, após a safra ter sido reduzida de forma mais acentuada anteriormente por problemas climáticos como a seca.
“O avanço da colheita, que já supera metade da área, começa a revelar a realidade das lavouras nos principais Estados do país. E, de uma forma geral, nota-se que as lavouras semeadas mais tardiamente foram beneficiadas por uma maior umidade que atingiu principalmente o Centro-Norte do país a partir de janeiro”, disse o analista de Safras, Luiz Fernando Roque.
Segundo ele, esse comportamento levou a uma condição melhor para o desenvolvimento das plantações em Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Estados das regiões Norte e Nordeste.
A Safras elevou a previsão de colheita de Mato Grosso. No lado negativo, reduziu o potencial produtivo do Paraná devido ao clima irregular.
“Nos Estados das regiões Norte e Nordeste, destaca-se a manutenção do potencial produtivo diante da melhora climática, e abre-se a possibilidade de surpresas positivas nas próximas atualizações”, conclui o analista.