A São Martinho (SMTO3) declarou que precisará investir R$ 70 milhões em investimentos complementares em “tratos culturais” em relação ao estimado anteriormente na safra 2024/2025 para compensar os efeitos das queimadas.
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O capex de manutenção estimado para a safra 24/25 estava em R$ 1,9 bilhão, segundo o anunciado em 17 de junho, e agora será de R$ 1,970 bi. A safra atual registrou investimentos de R$ 1,880 bi.
Segundo um comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (26), entre quinta-feira (22) e domingo (55), aproximadamente 20 mil hectares de cana-de-açúcar da companhia foram atingidos pelos incêndios generalizados que afetaram o setor.
“Os focos foram combatidos pelas brigadas de incêndio, sem registro de vítimas ou impactos em outros ativos”, explicou a nota assinada por Felipe Vicchiato, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores.
A São Martinho explica que a cana-de-açúcar atingida será processada nos próximos dias sem impactos significativos no Açúcar Total Recuperável – ATR em relação ao Guidance de Produção para Safra 2024/20251, mas com redução na eficiência industrial na conversão em açúcar.
Com isso, estima-se uma redução de 110 mil tons de açúcar, compensada por um aumento proporcional na produção de
etanol.
Queimadas
Entre sexta-feira e sábado, mais de 2,1 mil focos de incêndio foram registrados em São Paulo. O governo de São Paulo estima que cerca de cinco mil propriedades rurais em quase 200 municípios foram afetados pelos incêndios. O prejuízo preliminar ao agronegócio paulista calculado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado é de R$ 1 bilhão.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou, no domingo, a prisão de três suspeitos de atear fogo em áreas rurais da região – um em São José do Rio Preto, outro em Porto Ferreira e um terceiro em Batatais.
Na segunda-feira, ele disse que o Estado “não vai tolerar” delitos desse tipo, ao citar o caso de um detido em Batatais, que estava com um galão de gasolina e disse pertencer a uma facção. Tarcísio, porém, afirma não ver indícios de ação coordenada.
A Polícia Civil diz estar mobilizada para investigar todas as ocorrências de incêndio criminoso no Estado.
(Com Estadão Conteúdo)