O mercado imobiliário de São Paulo revela um cenário de forte valorização nos preços do metro quadrado, com os bairros de Pompéia e Lapa destacando-se como líderes nesse movimento, conforme o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, divulgado nesta segunda-feira (15).
Na Zona Oeste da capital paulista, a Vila Pompéia testemunhou uma impressionante elevação de 32,6% no preço do metro quadrado, consolidando sua reputação como a “Suíça paulista” ou a “Liverpool brasileira”. Enquanto isso, a Lapa, abrigando o icônico Mercadão, não ficou muito atrás, registrando um aumento significativo de 28,7% no mesmo período.
Ambos os bairros também se posicionam entre os 20 mais caros da cidade, em meio às 110 regiões pesquisadas. Na Vila Pompéia, o metro quadrado atinge, em média, R$ 58,0, enquanto na Lapa, o valor médio é de R$ 56,8.
Maiores valorizações nos últimos 12 meses
Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar, destaca que a Pompéia está vivenciando um boom de empreendimentos, com uma verticalização marcante e a expectativa pela expansão da linha laranja do metrô. Já na Lapa, a recuperação de valores perdidos durante a pandemia e a facilidade de acesso contribuem para o aumento dos preços.
Desvalorização
Em 2023, apenas 10 dos 110 bairros monitorados pelo indicador experimentaram quedas nos preços na cidade de São Paulo. Os bairros que apresentaram a maior desvalorização foram Alto de Pinheiros, Sítio do Mandaqui e Vila Matilde, não ultrapassando 10% de queda em nenhum deles.
Maiores desvalorizações nos últimos 12 meses
Apesar da escalada nos preços, o desconto médio nas transações imobiliárias em dezembro foi de 3,7%, indicando que os clientes ainda conseguem encontrar margem para negociações. O preço médio do aluguel na cidade atingiu R$ 59,82 por metro quadrado em dezembro, marcando o ponto mais alto na série histórica iniciada em 2019.
Com um aumento de 9,47% em 12 meses, o mercado imobiliário paulistano continua a apresentar dinâmicas de crescimento, com a alta temporada de aluguel que se inicia nos próximos meses prevendo uma demanda substancial por imóveis.