“Se eu investir 1.000 reais no Tesouro Direto, quanto rende?” Quem está pensando em começar a investir em renda fixa, provavelmente já fez uma pergunta como esta.
Em primeiro lugar, é preciso saber que a resposta depende de vários fatores, principalmente o prazo de investimento, o tipo de título escolhido e o custo dele.
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Entenda, neste artigo, como funciona o Tesouro Direto e confira algumas projeções para saber quanto rende se investir 1.000 reais ou outros valores em alguns títulos de renda fixa do tipo.
Como funciona o investimento no Tesouro Direto?
Tesouro Direto é um programa do Governo Federal que permite a aplicação em títulos públicos, oferecendo segurança, praticidade e rentabilidade.
Na prática, com o Tesouro Direto, o investidor está emprestando dinheiro ao governo e, em troca, ganha de juros.
Trata-se de uma opção segura e rentável para quem deseja diversificar a carteira de investimentos.
Uma das principais vantagens do Tesouro Direto é a acessibilidade. Afinal, é possível investir com valores a partir de R$30. Além disso, a compra dos títulos acontece pela internet de maneira muito prática.
Fora que os títulos contam com liquidez diária. Isso significa que o investidor pode resgatar o dinheiro a qualquer momento, sujeito às regras de cada título.
Quais são os tipos de títulos do Tesouro Direto disponíveis?
Conheça as principais opções de títulos disponíveis no Tesouro Direto:
–Tesouro Selic: Relacionado diretamente à taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia. Quem quer ter acesso ao dinheiro investido a qualquer momento, com menor volatilidade, pode cogitar escolher este título.
–Tesouro IPCA+: É ajustado de acordo com a inflação medida pelo IPCA, acrescido de uma taxa de juros. Assim, é indicado para investidores que querem proteção contra a inflação e desejam manter o poder de compra ao longo do tempo.
–Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais: Parecido com o Tesouro IPCA+, esse título também é corrigido pela inflação medida pelo IPCA. A diferença é que oferece pagamentos de juros semestrais. É indicado para quem quer receber rendimentos periódicos durante a vigência do título.
Tesouro Prefixado: Título que conta com taxa de juros definida no momento da compra, possibilitando que o investidor saiba exatamente quanto receberá no vencimento. Alternativa interessante para quem deseja ter maior previsibilidade de rendimentos.
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais: Parecido com o Tesouro Prefixado, esse título também tem taxa de juros fixa, mas oferece pagamentos semestrais de juros. Vale a pena para quem busca uma fonte de renda periódica.
Tesouro RendA +: Indicado para quem deseja planejar a aposentadoria, com fases de acumulação e conversão. O investidor faz aportes durante a fase de acumulação, criando uma reserva para o futuro.
Na fase de conversão, ele começa a receber o montante investido ao longo dos anos, mais os juros, em 240 parcelas mensais ao longo de 20 anos.
Os pagamentos são corrigidos mensalmente pela inflação para preservar o poder de compra do investidor.
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Qual título escolher de acordo com seu perfil?
É importante ter claro que ao analisar os diferentes tipos de títulos do Tesouro Direto que existem, é essencial considerar o perfil de risco, o prazo de investimento e os objetivos pessoais.
É recomendável buscar informações atualizadas sobre cada título e acompanhar as condições do mercado antes de tomar uma decisão de investimento no Tesouro Direto.
O fundamental é ter em mente que o mais interessante é permancer com o papel até o seu vencimento, para evitar perdas financeiras que “anulam” os ganhos.
Assim, se sua ideia com o título for apenas para compor uma reserva, que possa ser sacada a qualquer momento, o mais indicado seria o Tesouro Selic.
Já para projetos de prazos maiores, como a aposentadoria, por exemplo, vale a pena escolher entre papéis indexados ou prefixados que mais fazem sentido, com vencimento condizente com o período que você pretende se aposentar.
Dicas para começar a investir no Tesouro Direto com segurança
Para escolher um título do Tesouro Direto com segurança, busque primeiro:
-Definir seu perfil de investidor, se conservador, moderado ou agressivo;
-Estabelecer seus objetivos financeiros com o investimento (proteção contra a inflação, aposentadoria, liquidez, etc).
-Considerar o prazo de investimento, se curto, médio ou longo.
-Comparar as taxas de rentabilidade e volatilidade de cada título.
-Ler o regulamento e prospecto de cada título para entender as condições e riscos.
Simulação de rendimento: afinal, se eu investir 1.000 reais no Tesouro Direto, quanto rende?
Depende do título escolhido, do prazo e dos custos (taxas e impostos).
-Em uma simulação simples, confira os cenários investindo 1.000 reais no Tesouro Selic, no Tesouro IPCA+ e no Tesouro Prefixado:
Tesouro Selic: com uma taxa Selic em 12,25% ao ano, o rendimento bruto de R$1.000 ao final de um ano seria cerca de R$122,50.
Tesouro IPCA +: imagine uma inflação de 6% e uma taxa fixa de 5%, o rendimento total, nesse caso, seria de 11% no ano, elevando o valor investido para R$1.110. Após a dedução dos custos, o rendimento líquido seria aproximadamente R$1.096.
Tesouro prefixado: se a taxa fixa for de 10% ao ano, um investimento de 1.000 reais finalizaria o ano em R$1.100. Subtraindo os impostos e taxas, o valor líquido seria próximo de R$1.087.
Quem quer fazer mais simulações para prever cenários pode, no próprio site do Tesouro Direto, estimar a rentabilidade dos títulos, de acordo com o valor que está planejando investir utilizando a calculadora de investimentos do Tesouro Direto.
Vale a pena investir 1.000 reais no Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um investimento muito acessível e prático. Conhecendo as regras de cada título, principalmente taxas e prazos, e tendo clareza sobre seus objetivos, vale a pena investir qualquer valor, 1.000 reais, por exemplo, mais ou menos.
Por ter tanta variedade de títulos, que se adaptam a diferentes perfis e objetivos, o Tesouro Direto oferece flexibilidade, permitindo que o investidor escolha entre liquidez diária, proteção contra a inflação ou rentabilidade fixa.
Com planejamento, conhecimento e estratégia, o Tesouro Direto pode contribuir positivamente para as finanças das pessoas.