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Secretário de Defesa dos EUA pede que Israel faça mais para proteger civis em Gaza

Israel nega ter como alvo os civis e diz que o Hamas é culpado pelo alto número de vítimas ao se instalar em áreas residenciais

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Phil Stewart)

 O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse nesta segunda-feira que o apoio de Washington a Israel é “inabalável”, mas pediu que seu aliado faça mais para proteger os civis, conforme a guerra contra o Hamas impõe mais morte e destruição para os palestinos na Faixa de Gaza.

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Lloyd, falando durante uma visita a Israel, disse que o Hamas é um “grupo terrorista fanático” que nunca mais deveria poder fazer ataques a Israel a partir de Gaza.

Sua visita ocorreu em meio à crescente preocupação de governos estrangeiros e organizações internacionais com o número de mortes de civis em Gaza devido aos ataques israelenses, bem como com o aumento da fome.

O Ministério da Saúde de Gaza informou nesta segunda-feira que 19.453 palestinos foram mortos e 52.286 ficaram feridos nos ataques israelenses ao enclave governado pelo Hamas em mais de dois meses de guerra.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu alcançar a vitória total sobre os militantes do Hamas, que mataram 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns no ataque de 7 de outubro a Israel que desencadeou a guerra, de acordo com os registros israelenses.

Austin disse em uma entrevista coletiva em Tel Aviv que havia discutido com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, como reduzir os danos aos civis presos no campo de batalha. Eles também falaram sobre a transição de um grande combate para um conflito de menor intensidade.

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“Em qualquer campanha, haverá fases”, afirmou Austin. “Também continuaremos a pedir a proteção dos civis durante o conflito e a aumentar o fluxo de ajuda humanitária para Gaza”, disse Austin.

Embora os Estados Unidos forneçam armas e apoio diplomático a Israel, recentemente endureceram seu tom em relação ao governo de Netanyahu. Na semana passada, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que Israel corria o risco de perder o apoio internacional por causa do que ele chamou de bombardeio “indiscriminado”.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Fadi Shana)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Fadi Shana)

Austin, no entanto, ofereceu garantias na segunda-feira, dizendo: “O apoio americano à segurança de Israel é inabalável. Israel não está sozinho”.

Enquanto isso, Gallant disse que Israel faria uma transição gradual para a próxima fase de suas operações em Gaza e que as pessoas deslocadas provavelmente poderiam retornar primeiro ao norte do enclave.

A guerra deixou Gaza em grande parte em ruínas. Os alimentos são escassos para os 2,3 milhões de habitantes do território, os serviços básicos entraram em colapso e a maioria das pessoas está desabrigada.

Nesta segunda-feira, a Human Rights Watch acusou as forças israelenses de bloquear deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, arrasando áreas agrícolas e privando as pessoas de itens necessários para a sobrevivência.

“O governo israelense está usando a fome de civis como um método de guerra na Faixa de Gaza ocupada”, disse a HRW, com sede em Nova York, em um relatório. “Os líderes mundiais deveriam estar se manifestando contra esse crime de guerra abominável.”

Israel respondeu chamando a HRW de um grupo “antissemita e anti-Israel” sem direito moral de criticar após sua reação “silenciosa” ao ataque do Hamas em 7 de outubro.

Israel nega ter como alvo os civis e diz que o Hamas é culpado pelo alto número de vítimas ao se instalar em áreas residenciais, acusação que o grupo palestino nega.

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