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Seguros: Você precisa entender como eles são fundamentais

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Seguros: Você precisa entender como eles são fundamentais

Você tem seguro de vida? E seguro do carro ou da casa? Se for como a maior parte dos brasileiros, é bem provável que não tenha. Mas será que não está na hora de dar mais atenção a esta proteção para seu patrimônio? São muitas as opções de seguros disponíveis e o objetivo deles é cuidar dos bens que você tem no caso de  de eventos inesperados. Um seguro residencial, por exemplo, pode custar bem pouco perto do que oferece, já que normalmente as companhias associam o seguro ao oferecimento de serviços emergenciais também.

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Para entender melhor sobre este mercado, convidamos Denis Nogueira, especialista na área seguradora, para responder algumas questões. “O mercado de seguros no Brasil representa pouco menos de 5% do nosso PIB, o que é um número muito pequeno se comparado com países mais desenvolvidos cujos valores ultrapassam 10% do PIB. Assim, existe um espaço muito grande para crescimento desse mercado. Apenas 30% da nossa frota de automóvel é segurada, 14% das nossas residências e 19% da população possuem seguro de vida”, conta. E você, em que parte desta estatística está? Confira a entrevista!

Muita gente associa um seguro de vida somente à questão da “morte”, certo? Por que isso atrapalha e como deveríamos pensar na importância deste seguro?

Denis Nogueira: Exato. O seguro de vida não se limita apenas à cobertura de morte, mas a outros eventos que possam acontecer conosco e afetar às pessoas ao nosso redor. Falar sobre a morte sempre é uma questão delicada, não só para seguros, mas para o Direito Sucessório.

Você já pensou em fazer um Testamento para deixar seus bens distribuídos para quem você gostaria após sua partida? Ou imaginamos que nunca chegará nossa vez? O seguro de vida auxilia aquela família que, por infortúnio, perde de repente o membro que a sustenta financeiramente ou que o torna inválido por alguma doença ou acidente. Existem, ainda, coberturas no segurado de Vida que garantem o pagamento da escola particular dos filhos ou do plano de saúde por um prazo determinado não só em caso de falecimento, mas também de desemprego, por exemplo.

Como escolher um seguro de vida ideal? Que tipo de coisa precisamos checar?

D.N.: O Seguro de vida é recomendado para aquelas pessoas cuja sua ausência ou incapacidade podem afetar a vida de outras pessoas. Para contratar é importante verificar o seu padrão de vida atual e pensar que, na sua falta, como seus filhos, pais ou esposa poderiam se manter por um tempo até se adaptarem à nova realidade. Diversas coberturas podem ser oferecidas, mas as principais são Morte, Morte Acidental, Invalidez por Acidente e Invalidez por Doença.

Com relação a seguro de automóvel, por que os valores variam tanto? Como funcionam aquelas faixas de bonus?

D.N.: O seguro de automóvel, embora não seja obrigatório no Brasil, diferentemente do restante do mundo, é um dos mais comuns por aqui. Os cálculos do prêmio do seguro de automóvel variam de acordo com os estudos de risco feitos pelos atuários de cada seguradora. Pode haver milhares de variáveis para se chegar ao preço do seguro, como tipo de veiculo, rua, bairro, zona ou cidade de circulação, tipo de pessoa que conduz, para qual fim o veiculo é utilizado, assim os valores podem variar muito.

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As faixas de bônus também são uma das variáveis para o preço do seguro que consideram a não utilização do seguro (ausência de sinistro) nas vigências anteriores da apólice, proporcionando uma redução no custo do seguro.

Dá para pagar mais barato num seguro de automóvel? Como?

D.N.: Essa questão é muito relativa, mas quanto menos o veiculo estiver exposto a riscos mais barato pode ficar. Um automóvel que circula em uma rua ou bairro com alto índice de criminalidade, não é guardado em garagem habitualmente, ou é utilizado para ir para a escola, faculdade ou trabalho diariamente está mais exposto aos riscos previstos na apólice, portanto, é mais oneroso o prêmio da apólice.

Falando sobre seguro residencial, os valores costumam ser pequenos perto do que oferecem. Normalmente todos oferecem aqueles serviços emergenciais, certo? Pode falar um pouco mais sobre a vantagem deste tipo de seguro?

D.N.: O seguro residencial é muito pouco comercializado no Brasil, apesar do seu custo ser muito baixo em relação ao preço do imóvel. A grande maioria oferece serviço de assistência, que é uma grande vantagem ao segurado quando se depara com um serviço de emergência, como um entupimento, problemas elétricos ou chaveiro, não precisando se preocupar com quem vai chamar, pois a Mão-de-obra nessas especialidades é bem dificil. Além disso, as coberturas garantem além de incêndio e roubo na residência, danos elétricos a equipamentos, quebra de vidros e responsabilidade civil familiar, esta ultima bem importante caso o segurado ou um empregado cause algum dano a terceiros.

No caso de seguro-viagem, alguns países até exigem a contratação antes de pisarmos em seu território, certo? Por que é tão importante?

D.N.: O seguro viagem é obrigatório em certos países. Na Europa, o Tratado de Schengen permite a livre circulação de pessoas naquele continente, mas em contrapartida exige a contratação de um seguro viagem justamente para não onerar o sistema de saúde dos países caso algum visitante tenha que utilizá-lo.

Já se imaginou em um país em que você não fala a língua fluentemente e de repente precisa de um médico ou dentista? Para quem recorrer? Por isso as seguradoras que oferecem esse tipo de seguro possuem uma rede referenciada ao redor do mundo para prestar esse serviço. O segurado recebe um número de telefone para o qual poderá ligar e falar em seu próprio idioma, recebendo as orientações necessárias para ir ao profissional correto para tratá-lo. Além disso, infortúnios podem ocorrer, como a morte durante uma viagem, assim o seguro garante a ida de um familiar ao país e os profissionais da seguradora preparam todo o trâmite burocrático para trazer o corpo de volta ao país de origem.

Existem algumas atitudes que podem fazer com que percamos o direito ao seguro? Pode citar alguns exemplos?

D.N.: Em verdade existem alguns riscos que são excluídos do próprio contrato de seguro, pois as apólices não garantem todos os riscos, por óbvio. Essas exclusões estão expressas nas apólices podendo ser encontradas facilmente. No seguro de automóvel, por exemplo, a condução do veiculo por pessoa embriagada pode fazer com que se perca o direito à cobertura, assim como por condutor inabilitado. No seguro de vida, o suicídio ocorrido durante os 2 primeiros anos de vigência da apólice também não concede a cobertura aos beneficiários, assim como o falecimento por doença já conhecida pelo segurado antes da contratação do seguro.

Existe algum outro seguro importante que não mencionamos mas você gostaria de citar aqui?

D.N.: Claro que os seguros mais comuns são os de automóvel, vida e residência, além do seguro para a empresa. Outro seguro que vem crescendo muito é o de responsabilidade civil profissional (E&O) feito para profissionais liberais para cobrir erros e omissões durante o exercício da profissão. Muito usado por advogados, médicos, contadores e engenheiros cuja falha em um projeto, perda de prazo ou erro não intencional pode acarretar prejuízos para terceiros.

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