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Seis de sete condições para uma bolha já estão na mesa, diz UBS

Posição financeira das empresas de tecnologia, mais robusta que a de muitos governos, pode sustentar valuations elevados

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Bolha

O UBS, em relatório publicado nesta quinta-feira (23), destacou o aumento do risco de uma bolha no mercado de ações, estimando uma probabilidade de 35% de sua formação em um futuro próximo. Segundo o analista Andrew Garthwaite, seis das sete condições históricas para a formação de bolhas já foram atendidas, com destaque para valuations elevados no setor de tecnologia e alta participação de investidores de varejo em ativos especulativos.

“Ainda não estamos em uma bolha, mas estamos chegando perto”, afirmou Garthwaite. Ele comparou as condições atuais à bolha da internet dos anos 1990 e à bolha japonesa dos anos 1980. Um dos sinais de alerta é o valuation elevado dos “Magnificent 6” — as maiores empresas de tecnologia —, com múltiplos de preço/lucro (P/E) de 34 vezes atualmente, podendo ultrapassar 45 vezes caso os rendimentos dos títulos subam para 5,5%.

O UBS também ressaltou que a posição financeira das empresas de tecnologia, mais robusta que a de muitos governos, pode sustentar valuations elevados, apesar do cenário de aumento nos rendimentos dos títulos. Ainda assim, o banco recomenda cautela, especialmente em setores cíclicos não financeiros, favorecendo ações defensivas com baixa alavancagem financeira.

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Veja por que esperar uma bolha?

Condições para uma bolha: Das sete condições históricas para uma bolha, seis já foram atendidas, incluindo alta participação do varejo e concentração em grandes empresas de tecnologia.

Valuation das gigantes de tecnologia: O P/E médio dos “Magnificent 6” é de 34x, indicando um valuation elevado. Segundo o UBS, bolhas típicas apresentam P/E acima de 45x em setores sobrevalorizados.

Impacto dos rendimentos dos títulos: Se os rendimentos dos títulos de 10 anos ultrapassarem 5,5%, o risco de uma bolha aumenta. Contudo, o UBS projeta que esses rendimentos fiquem em 4,25% até o final do ano.

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Desempenho regional: O UBS destaca que o Japão historicamente se beneficia em períodos de alta nos rendimentos dos TIPS, enquanto mercados emergentes como o Brasil tendem a sofrer devido a déficits em conta-corrente.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos ofertou hoje US$ 20 bilhões em leilão de títulos atrelados à inflação (Tips) de 10 anos, em leilão com rendimento máximo de 2,243% – acima da média recente de 1,912%, conforme a BMO.

Estratégias defensivas: O banco recomenda ações defensivas com baixa alavancagem, destacando empresas como Microsoft, Abbott, SAP, Tesco e BAE Systems.

Precauções com setores cíclicos: UBS alerta para valuations elevados em ações cíclicas não financeiras, que estão precificando condições econômicas excessivamente otimistas.

Papel das empresas financeiras: Como proteção contra políticas populistas e inflação, o UBS sugere posições longas em ações de bancos europeus e seguradoras de vida.

Justificativas para valuations elevados: O UBS aponta que a tecnologia generativa de IA e o fortalecimento das folhas de balanço corporativas poderiam justificar valuations mais altos no setor de tecnologia.

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