As ações da Fleury (FLRY3) são uma aposta “fora do consenso” do mercado de exposição ao Brasil que vale a pena, aponta o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (27).
Os analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello elevaram a recomendação para a rede de laboratórios de neutra para compra em uma “tese promissora de longo prazo em meio à elevada volatilidade do mercado e a um aumento do yield da curva de juros”.
O novo preço-alvo definido para o final de 2024 é de R$ 18 por ação, reduzido de R$ 21,5, refletindo o maior custo de capital do Brasil. Isso oferece um potencial de valorização de 33%, incluindo o yield de dividendos de 7,4% para 2024.
Eles ressaltam que o Fleury possui um rendimento (yield) de dividendos atraente, estimado em 7,4% para 2024 e 8,8% para 2025.
“O Fleury é um bom ‘defensor’ que também oferece um sólido momento de resultados”, afirmam os analistas, citando um crescimento esperado de 53% no lucro por ação (LPA) no segundo trimestre, impulsionado pela captura de sinergias com o Pardini.
Fleury está barato na Bolsa
Com uma queda acumulada de 20% no ano, as ações do Fleury não estão caras, sendo negociadas a 11 vezes o preço/lucro projetado para 2024 e 10 vezes para 2025. “Em meio à volatilidade do mercado, o Fleury se destaca como uma opção de investimento defensiva e sólida”, destacam os analistas do BTG Pactual.
O relatório enfatiza o modelo de negócios resiliente e previsível, com crescimento orgânico médio de um dígito médio a alto. “O Fleury parece isolado dos muitos desafios que atingiram outras ações”, comentam os analistas.
A empresa possui baixo endividamento (1,2 vezes o EBITDA) e uma sólida geração de fluxo de caixa, com yield de 8,5% para 2024 e 11% para 2025.
Os fundamentos estruturais da tese de investimento do Fleury são considerados positivos. A empresa tem ganhado participação de mercado em seu negócio principal, aproveitando a fraca capacidade de execução de seus principais concorrentes.
“O Fleury aumentou sua exposição a novos segmentos, passando de 1% das receitas há três anos para 9% atualmente”, observam os analistas.
Fusão
Além disso, a fusão do Fleury com o Pardini foi tranquila, com poucos itens não recorrentes contabilizados no segundo trimestre de 2023. “A captura de sinergias permanece amplamente em andamento, aumentando as margens operacionais”, explicam Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello.