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Selic: Mercado põe 20% de chances de ajuste acelerar para 0,75 p.p.

O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 12,01% (de 11,81% ontem no ajuste) e o DI para janeiro de 2029, taxa de 12,08%, ante 11,95% ontem no ajuste

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Banco Central do Brasil

Os juros futuros fecharam a sessão em forte alta nesta quinta-feira pós-Copom. O destaque da curva foi o trecho curto, que subiu 25 pontos-base, diante da leitura de que o ciclo total de ajuste da Selic pode chegar a 2 pontos porcentuais para ancorar as expectativas de inflação.

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A precificação de Selic para a reunião de novembro já mostrava, nesta tarde, 20% de chance de uma aceleração no ritmo de aperto de 0,25 ponto para 0,75 ponto porcentual.

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Ainda que em menor magnitude, os vencimentos longos também subiram, acompanhando o avanço dos rendimentos dos Treasuries e pela cautela antes do relatório bimestral de receitas e despesas que sai amanhã.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,985%, de 10,940% ontem no ajuste.

O DI para janeiro de 2026 encerrou com taxa de 12,05%, de 11,76%, fechando acima de 12% pela primeira vez desde 29/3/2023 (12,14%).

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O DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 12,01% (de 11,81% ontem no ajuste) e o DI para janeiro de 2029, taxa de 12,08%, ante 11,95% ontem no ajuste.

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic para 10,75% e trouxe uma comunicação considerada hawkish, deixando totalmente em aberto qual será o plano de voo.

Várias casas têm colocado seus cenários para a política monetária em revisão para cima, diante da ênfase dos diretores sobre o ritmo de atividade após terem trazido o hiato do produto para o campo positivo.

Essa mudança, em boa medida, foi vista como justificativa para o aumento da projeção de IPCA para 3,5% no primeiro trimestre de 2026, ainda mais distante da meta de 3%.

O avanço dos DIs curtos era esperado, mas não na magnitude registrada, e deveria, em tese, ancorar a ponta longa, mas não foi o que aconteceu.

O alívio do câmbio, com o dólar descendo agora à casa de R$ 5,42, não conseguiu nem mesmo limitar o avanço das taxas.

O economista-chefe da Porto Asset, Felipe Sichel, explica que isso até ocorreu no começo do dia, mas depois os vencimentos longos também começaram a ganhar tração.

“Estamos vendo um movimento de abertura da parte longa nos Estados Unidos e isso talvez tenha algum tipo de influência aqui, mas no geral deveria ser uma dinâmica mais doméstica do que qualquer outra coisa”, comentou.

Sichel não descarta que o mercado tenha também buscado alguma proteção antes da divulgação do relatório bimestral previsto para esta sexta-feira.

O secretário do Tesouro, Rogério Ceron, diz, porém, que o documento consolidará “de vez” o cenário para o cumprimento da meta fiscal de 2024.

Na curva, o mercado não só consolidou a aposta de alta de 0,50 ponto da Selic no próximo Copom, como a precificação já mostra 20% de probabilidade de a dose ser de 0,75 ponto.

Os DIs apontam ainda taxa básica a 11,75% no fim de 2024 e ciclo total de ajuste de 2 pontos, incluindo o já realizado ontem.

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Os cálculos são do economista-chefe do banco Bmg, Flávio Serrano, para quem o mercado parece estar embutindo nos preços a chance de o BC ter de elevar a Selic bem mais do que o imaginado pelos receios de manutenção da pressão fiscal.

Dado o nível de estresse na curva, o Tesouro optou por reduzir os lotes de prefixados no leilão desta quinta-feira. As ofertas de 600 mil NTN-F e de 6 milhões de LTN foram absorvidas integralmente.

(Com Estadão Dinheirama)

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