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Serena “capitaliza” demanda por data centers e ação pode saltar

Empresa encontrou a nova tendência do setor, que é demanda por energia no setor de data centers e processamento de dados

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Complexo eólico Goodnight da Serena no Texas (EUA)

O acordo de fornecimento de energia firmado pela Serena (SRNA3) com a empresa de data centers Scala está em linha com a estratégia da empresa de buscar “estruturas de PPA inteligentes com preços implícitos atraentes”, o que demonstra a capacidade de gerar valor adicional a partir de seus ativos existentes, explica o Itaú BBA em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (27).

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O acordo, que envolve os ativos Assuruá 4 e VdB 3, permitirá à Scala adquirir uma participação minoritária nesses projetos, tornando-se autossuficiente em energia. Segundo os analistas Fillipe Andrade e Marcelo Sá, essa parceria exemplifica a habilidade da Serena em “aumentar sua receita e melhorar a margem da empresa”, ao atrair clientes de alto valor por meio desse tipo de transação. A notícia foi revelada pelo O Globo.

Os analistas ressaltam que a empresa está bem posicionada no segmento de tecnologia, especialmente em relação ao fornecimento de energia para processamento de dados e inteligência artificial (IA).

No segundo trimestre de 2024, a empresa começou a fornecer 20 MW médios para uma instalação de computação de alta performance em Assuruá, com a expectativa de “exceder 150 MW médios de energia contratada para processamento de dados e IA no Brasil até o final de 2024.”

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A análise do Itaú BBA também aponta que a Serena tem sido “bem-sucedida em onboardar vários clientes premium” por meio de acordos como o firmado com a Scala, o que tem impulsionado o crescimento da receita da empresa e melhorado suas margens operacionais. Essa estratégia de crescimento é vista pelos analistas como um fator-chave para o desempenho futuro das ações da Serena.

Serena nos EUA

Além disso, o mercado está de olho nas próximas movimentações da Serena nos Estados Unidos. Com ativos não contratados que possuem acesso à rede elétrica e estão localizados em áreas privilegiadas, a empresa está bem posicionada para replicar a estratégia adotada no Brasil.

O Itaú BBA espera que a Serena avance no processo de “trazer um parceiro para deter uma participação minoritária em Goodnight 1 e Goodnight 2 nos próximos meses”, o que poderia abrir novas oportunidades de crescimento no mercado norte-americano.

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Os analistas reiteraram sua recomendação de “outperform” para as ações da Serena, reforçando que a empresa é sua principal escolha entre as geradoras puras (gencos). Eles veem a companhia negociada com um “IRR real implícito atrativo de 15,3%”, o que destaca o potencial de valorização das ações no médio e longo prazo. O preço-alvo de R$ 14,55 apresenta um potencial de valorização de 65%.

Com a crescente demanda por energia no setor de data centers e processamento de dados, a Serena se destaca por sua capacidade de “capitalizar sobre essa nova tendência”, tornando-se um parceiro preferencial para empresas de tecnologia que buscam soluções energéticas eficientes e sustentáveis.

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