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Setor de beleza tem mais de 524 novos negócios abertos por dia em 2023

O grande número de empresas de beleza criadas segue a tendência de crescimento dos últimos anos

por Agência Sebrae
Salão de Beleza

O setor formado por cabeleireiros, barbeiros, manicures, pedicures e outras atividades ligadas à beleza permanece em alta. De janeiro a setembro deste ano, 143.306 microempreendedores individuais (MEI) do ramo foram abertos em todo o país – uma média de 524 novos estabelecimentos por dia. É o que mostra um levamento realizado pelo Sebrae com base nos dados do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) da Receita Federal do Brasil. Esses empreendedores representam mais de 5% dos 2,9 milhões microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas que iniciaram suas atividades em 2023.

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O grande número de empresas de beleza criadas segue a tendência de crescimento dos últimos anos. Em 2022, após a pandemia, foram registrados 186 mil novos negócios. Entre o universo de 15,4 milhões de microempreendedores individuais (MEI) existentes no país, os profissionais da beleza também se destacam: são mais de 1 milhão de MEI em atividade no setor. A analista de Competitividade do Sebrae e coordenadora nacional do Setorial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, Andrezza Cintra, ressalta que as pessoas estão mais interessadas em cuidar do corpo e usufruir da experiência que o serviço possibilita.

Não é um pico pós-pandemia, mas sim um crescimento consistente e necessário para atendimento às diversas demandas que os serviços de embelezamento prestam. Mas, sobretudo, devemos entender esse destaque como uma preocupação com o corpo, com o bem-estar, com a interação com o outro”.

“Temos as questões do remodelamento das barbearias e do avanço dos equipamentos estéticos que têm sido marcantes nesses últimos anos”, adiciona.

Andrezza destaca ainda que o movimento crescente do setor teve influência da Lei Salão Parceiro, de 2016, que flexibilizou o mercado e a oportunidade de os empreendedores crescerem com o tempo. Por outro lado, a analista reitera que o empoderamento e afirmação por meio da beleza também estão em alta.

“A gente tem hoje salões de cachos e salões de tranças nagô, que são prioritariamente de empoderamento étnico, empoderamento racial, e trazem a beleza como ferramenta, como instrumento desse propósito”, afirma. “As novas gerações entendem que uma empresa deve ter um propósito, o impacto que causa naquela localidade, naquele território, naquele bairro”, completa.

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Há 15 anos no mercado, Anne Andrade abriu, em 2023, um espaço de beleza em um centro empresarial, em uma das principais avenidas de João Pessoa (PB). “Consegui unir o útil ao agradável. Um lugar que tivesse movimento, rotatividade, com acessibilidade e estacionamento. Tudo isso conta na hora de abrir um negócio. O pessoal do Sebrae me orientou direitinho”, aponta. Outro aspecto que tem contribuído para a empresa dar certo tem sido a fidelização da clientela que ela conquistou com o tempo, especialmente durante a pandemia.

Atualmente como microempreendedora individual (MEI), a cabeleireira já estuda passar à categoria de microempresa neste ano. “Graças a Deus, o negócio tem dado certo. Para não ficar para trás, tenho procurado os conteúdos do Sebrae e sempre participo da feira da beleza que eles realizam aqui em João Pessoa. Além disso, procuro estar sempre atualizada para não perder nenhuma novidade do mercado”, adianta.

Dicas

A analista do Sebrae Andrezza Cintra lista algumas dicas para se destacar no mercado. Confira:

  • Serviço – Ofereça uma experiência de qualidade, um serviço que tenha por trás uma equipe capacitada e que esteja antenada nas inovações tecnológicas, tanto da indústria cosmética quanto da indústria de equipamentos, principalmente quando se fala em estética.
  • Especialização – É importante estar atualizado e se especializar para atender a um volume maior de clientes. Então, por exemplo, se o salão é mais procurado para colorimetria – procedimentos que envolvem a cor dos cabelos – é importante que os profissionais estejam treinados para isso.
  • Nicho – Focar em mercados específicos, trazer consciência de propósito e ambiental. As novas gerações exigem produtos botânicos, veganos, orgânicos.
  • Canais digitais – É necessário estar conectado com os clientes por meio das redes sociais, formando uma comunidade em torno do negócio.
  • Parcerias – Trazer as marcas como parceiras, oferecendo os produtos de qualidade com custo compatível com o público que atende.
  • Digitalização – 100% da gestão deste negócio deve ser digitalizada. Trabalhar com dados e ter uma gestão inteligente (conhecer os clientes, valores, comparar períodos e entender quais profissionais apresentam melhor faturamento). Esse tipo de informação só é possível quando se tem dados que permitem uma previsibilidade e um planejamento.

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